Por alguma razão não estou a conseguir postar no espaço reservado para os comenátios. Excepcionalmente coloco este comentário aqui.
Caro anonimo 2.
Concordo com sigo. Estamos a fazer um debate que parte do prinício que já sabemos o que é “bom” “médio” ou “mau” nas nossas universidades. Ninguém se deu ao trabalho de fazer esse exercício ainda, que eu saiba. Assim, também poderia dizer que não sei o que o anónimo 2 quer dizer com o termo “acima da média”. Não fui claro ao usar a expressão “padrões”...! Referiam-e a alguns indicadores que citarei adiante. Estou a participar de uma pesquisa comparativa para o CREST. Centro de Pesquisa em Ciência e Técnologia da Universidade de Stellenbosch que me vai fazer passar, brevemente, por Maputo amanhã. Nessa pesquisa procura-se medir o estado da ciência publica nos países da SADC. Esta-se a fazer isso, entre outras coisas, medindo alguns indicadores tais como: produção ciênifica dos académicos ( por exemplo medida pelas suas publicacoes em jornais ciêntificos); colaborações em pesquisas nacionais e internacionais; acesso a informação (bibliótecas etc), programas de pós-graduação; tipo e local de publicações; etc, etc. Infelizmente, esses são alguns dos indicadores em que nos posicionamos "abaixo da média", ja agora, quando comparados com outros países. Tenho em minha mão, agora, o livro de Paulus Gerdes sobre as teses de Doutoramento de Moçambicanos. Não passavam de pouco mais de 300 até 2007. Resultados preliminares do estudo que me referi mostram que parte considerável desses doutorados está a tentar combater a “dita-cuja” fora da academia e os que ficaram na academia estão a tentar salvar os deserdados. Quem são os regentes que estão efctivamente a dar aulas na ex-UFICS? Monitores! Só para lhe dar um exemplo. Desde que a UFICS abriu quantos jornais ciêntificos de sociologia já subscreveu? Nenhum! É dessas condições institucionais que estou a falar. Não estou a criticar por não as termos. Estou a penas a dizer que ainda não temos. O anónimo 2 fez o curso lendo fotocópias de traduções brasileiras de alguns livros. O que leu na UFICS não é 1 milésimo daquilo que existe e que se está a produzir em sociologia pelo mundo fora. Não estou a sobestimar o esforço individual que cada um deve fazer para superar as insuficiências institucionais. Alías, isso faz a diferença entre os graduados. Uns ficaram apenas formados em Sociologia. Outros, principalmente os que saíram, ainda estão atentar ser sociólogos. Eu proprio cheguei a onde cheguei nao por causa daquilo que a UFICS me proporcionou, mas porque fui para alem daquiulo que a UFICS podia me proporcionar. Fiz isso saindo! No último semestre (Fevereiro de 2008) as bibliotécas do campus não funcionavam. Que tipo de sociólogo se forma sem acesso a livros? Nada justifica que se leccione um curso sem garantir acesso a material de leitura, mesmo que o argumento seja o da reabilitação da biblióteca. Esta-se a fazer omoletes nem é sem quebrar, mas sem ovos!
Concordo com sigo. Estamos a fazer um debate que parte do prinício que já sabemos o que é “bom” “médio” ou “mau” nas nossas universidades. Ninguém se deu ao trabalho de fazer esse exercício ainda, que eu saiba. Assim, também poderia dizer que não sei o que o anónimo 2 quer dizer com o termo “acima da média”. Não fui claro ao usar a expressão “padrões”...! Referiam-e a alguns indicadores que citarei adiante. Estou a participar de uma pesquisa comparativa para o CREST. Centro de Pesquisa em Ciência e Técnologia da Universidade de Stellenbosch que me vai fazer passar, brevemente, por Maputo amanhã. Nessa pesquisa procura-se medir o estado da ciência publica nos países da SADC. Esta-se a fazer isso, entre outras coisas, medindo alguns indicadores tais como: produção ciênifica dos académicos ( por exemplo medida pelas suas publicacoes em jornais ciêntificos); colaborações em pesquisas nacionais e internacionais; acesso a informação (bibliótecas etc), programas de pós-graduação; tipo e local de publicações; etc, etc. Infelizmente, esses são alguns dos indicadores em que nos posicionamos "abaixo da média", ja agora, quando comparados com outros países. Tenho em minha mão, agora, o livro de Paulus Gerdes sobre as teses de Doutoramento de Moçambicanos. Não passavam de pouco mais de 300 até 2007. Resultados preliminares do estudo que me referi mostram que parte considerável desses doutorados está a tentar combater a “dita-cuja” fora da academia e os que ficaram na academia estão a tentar salvar os deserdados. Quem são os regentes que estão efctivamente a dar aulas na ex-UFICS? Monitores! Só para lhe dar um exemplo. Desde que a UFICS abriu quantos jornais ciêntificos de sociologia já subscreveu? Nenhum! É dessas condições institucionais que estou a falar. Não estou a criticar por não as termos. Estou a penas a dizer que ainda não temos. O anónimo 2 fez o curso lendo fotocópias de traduções brasileiras de alguns livros. O que leu na UFICS não é 1 milésimo daquilo que existe e que se está a produzir em sociologia pelo mundo fora. Não estou a sobestimar o esforço individual que cada um deve fazer para superar as insuficiências institucionais. Alías, isso faz a diferença entre os graduados. Uns ficaram apenas formados em Sociologia. Outros, principalmente os que saíram, ainda estão atentar ser sociólogos. Eu proprio cheguei a onde cheguei nao por causa daquilo que a UFICS me proporcionou, mas porque fui para alem daquiulo que a UFICS podia me proporcionar. Fiz isso saindo! No último semestre (Fevereiro de 2008) as bibliotécas do campus não funcionavam. Que tipo de sociólogo se forma sem acesso a livros? Nada justifica que se leccione um curso sem garantir acesso a material de leitura, mesmo que o argumento seja o da reabilitação da biblióteca. Esta-se a fazer omoletes nem é sem quebrar, mas sem ovos!
PS: Nao consegui acentuar algumas palavras.