Monday, December 8, 2008

Anibalzinho “fugiu” mas a dúvida foi presa!

Deve já estar na boca do povo que Anibalzinho, diminuitivo de Anibal dos Santos Junior, um dos autores materias da morte do Jornalista carlos cardoso em 2000, “fugiu”! Como era de esperar já se ouvem vozes ‘sábias’ especulando sobre o facto – ausência de Anibalzinho das celas. O mais cauteloso dos acádemicos que temos na praça sentencea: sem dúvida que poderosos interesses devem estar à retaguarda de mais esta fuga”. Lá onde tudo nos parece remeter para a necessidade de dúvidar e investigar, reina a forte convição com bastante, mas bastante mesmo, fraca evidência: só podem ser poderosos interesses! Afinal, em Moçambique, não há fumo sem fogo. Tudo bem, posso estar a ser lunático, mas digam-me ainda que seja, no entender de muitos, remota a possibilidade: E se anibanzinho tiver mesmo fugido? Alguém pode me dizer convicentemente o que torna essa possibilidade impossível? Será que nessas circustâncias fugir ainda é fugir. Porque não mudamos de vocabulário? Quanto mas nos impelem para fortes convicções, com fracas evidências, mas devimas resistir a tentação de fazer refém a dúvida!

7 comments:

Anonymous said...

mais uma vez anibalzinho ausentou-se da cela (já não sabemos se o termo fugiu será o mais apropriado).

Como isso poderá ter acontecido? essa é uma pergunta que levará o seu tempo para responder, e que consumirá alguns neurónios da equipa de perícia da PRM.

Quanto a nós (que tentamos entender o social) penso que outras questões surgirão, por exemplo:

Que efeitos trará esta notícia, na concepção de justiça no nosso país? aliás, este aconteceimento trará algum efeito no seio da nossa sociedade?

há quem já vaticine que provavelmente, se conseguirem recapturar, terá a mesma sorte que Nequinhas (a execução). já se ouve em alguns quadrantes este tipo de prognóstico.

Ao permitir que hajam este tipo de "fugas" não se estará a criar um senso de legitimação de execuções por parte da polícia?
Não se estará a cristalizar a ideia de que a Justiça mais Justa em moçambique é aquela feita pelas próprias mãos?

Anonymous said...

Oi, P.L. Sou um leitor assíduo do seu blog, mas tenho tido pouco tempo para tecer algum comentário. Olha, gostaria de felicitá-lo pela forma como aborda os assuntos. E por fim fazer um pequeno comentário em relação as perguntas do Haid.
Em primeiro lugar não se consumirá nehum neurónio da equipa de pericia da PRM, porque este não é um caso de fuga criada por Anibalizinho, eles sabem muito bem onde ele está.
Não vejo que explicação se pode dar a essa situação. Não conheço muito essa coisa de cadeia porque nunca visitei, mas como qualquer uma casa a cadeira deve ter um murro para além das paredes das celas. As perguntas que colocaria para compreender o fenómeno são: as paredes da dita “cadeia de maxima segurança” dão acesso directo a rua? Se tem um murro de maxima segurança como saltou? Como é que furaram a parede sem nimguém ouvir?
Só se for mesmo uma cadeia de minima segurança.

Ximbitane said...

Infelizmente concordo com o Madeira! De maxima segurança, essa cadeia, que alias nem é cadeia, mas Comando, de Segurança nada tem!

Patricio Langa said...

Oi. Haid.
Interessantes as tuas questões, mas….
Quanto mais penso sobre este assunto, mas me achos que estamos dar largas a nossa imaginação. Não sei até que ponto esses termos todos que usas descrevem a situação do sistema prisional no nosso país. “Justiça pelas próprias mãos”! Isso aida se chama justiça? Eu estava em xai-xai quando Nequinha foi morto, num canil. “Executado”?
Abraço

Patricio Langa said...

Caro Madeira.
Obrigado, pelas visitas ainda que não deixe comentários.
Há sempre a primeira vez e veio muito bem. Todas as questões que o Madeira coloca parecem reforçar a ideia de que há várias possibilidades de que a fuga tenha sido mesmo uma fuga. Essa informação, sobre as condições de segurança, é fundamental para pensarmos sobre essas possibilidades.
Abraço

Patricio Langa said...

É isso X!mbit@ne.
Mas nem isso nos devia levar a supor que a polícia saiba de seu paradeiro.
Abraço

Anonymous said...

alo Patrício.

penso que de facto já começamos a dar azo a imaginaçao.
Tentei fazer uma ponte entre este tipo de fenómeno e o fenómeno dos linchamentos. Na minha perspectiva sao estes episódios que acabam fragilizando a concepçao de justiça no seio da sociedade.

abraços