Friday, November 21, 2008

Sugestão de leitura.

Enquanto preparo mais novidades de leitura para os meus fieis visitantes sugiro-lhes que se deliciem com as seguintes leituras. Eu gostei!

1) 1) Música Moçambicana.


Amosse Macamo, num texto interessante, no seu blog “Modaskavalu” analisa a música ““male ya mina” (meu dinheiro), do já falecido músico Joaquim Macuacua. Tenho dito que ainda está por se fazer a sociologia da música moçambicana. Nela, na música, reside um verdadeiro documento histórico, um acervo de conhecimento não explorado, sobre a constituição da nossa sociedade enquanto comunidade moral. É comum, hoje, ouvirmos reprovações moralistas do sentido e das letras dos “jovens” músicos sem compreender-mos as circustâncias que condicionam a sua produção cultural ou a produção cultural da sua condição. Já escrevi também que a música que se produz hoje é um indicador peculiar da revolução silenciosa ( transformação social) porque passou a nossa sociedade nos últimos trinta anos. Macamo, faz no seu texto excelente trabalho ao iniciar este tipo de reflexão sobre a nossa música. Já era sem tempo. Reparem, não estou a aprovar ou reprovar o conteúdo da música de Macuacua. Estou simplesmente a dizer que é um documento fundamental para estudarmos a nossa consciência histórica.

Hoje, proponho-me a abordar uma música que, embora carregada de deliberado extremismo que sempre caracterizou o seu autor, remete-nos, para este mundo que acima referenciei, falo da música “male ya mina” (meu dinheiro), de Joaquim Macuacua. O Joaquim Macuacua é para mim, um dos maiores criadores da nossa música ligeira. Poli rítmico, crítico, satírico, com uma dose de humor de se lhe tirar o chapéu, timbre de voz e estilo de execução únicos, faziam dele, o artista versátil que sempre foi. Podia chamar aqui, várias músicas deste e provar o que acima me referi, mas, interessa-me hoje e somente, a análise da provocante música “Male ya mina” (meu dinheiro). Nos ditos dos mais velhos, é opinião assente que as mulheres bonitas têm sempre um defeito, como quem diz, “não há bela sem senão.” Leia o texto na integra aqui!

2) Sexualidade (A)

As Vasikate trazem quase sempre, em seu blog, temas interessantes. Temas comuns porque se referem a nossas práticas quotidianas, muitas vezes, não refletidas. Há muita gente por aí que pensa que fazer sexo é algo natural. Perguntem a Foucault , o filósofo e historiador das ideias ou do pensamento, quanto lhe custou descontruir esse mito. Foram precisos três volumes da “História da Sexualidade”, mesmo assim ainda existe tanto por desnaturalizar e historicizar. Oh, para não dizerem que não valorizo o produto nacional, perguntem ao nosso antropólogo ,Emídio Gune, “orgulhosamente moçambicano, sobre os roteiros das praticas sexuais e aí quem saber percebemos um pouco melhor sobre o que fazemos ou deixamos de fazer. Há uma tendência didático- prescritiva nos textos das Vasikate. Ainda não formulei um juizo sobre isso, mas torna-se cada vez mais notória. Enfim, tenham uma leitura didática de "sexo depois do parto".

Depois do parto tudo muda na vida familiar, especialmente na da mulher: por um lado há a amamentação, os cuidados com o bebé, as noites sem dormir,acompanhadas muitas dúvidas que diminuem a vontade de retomar a actividade sexual devido, por exemplo, o medo da dor. Além disso, quando a mulher amamenta, ela aumenta a produção de um hormonio chamado prolactina que é responsável pela produção de leite materno, e que por sua vez faz cair a produção de testosterona na mulher, este último responsável pelo desejo sexual”.

O texto está disponível aqui.


5 comments:

Anonymous said...

Boa reflexao.
Ha tres anos (2005) 2 historiadores do arquivo historico num seminario de investigacao da UEM fizzeram um trabalho interessante, ao tentar comprender a musica como fonte de historia.

Revejam este artigo.
Mas bela refexao
Rildo

amosse macamo said...

Caro Patricio, obrigado e sinto-me deveras honrado pela sua sugestao de leitura...confesso que fiquei sempre acenando, para conseguir a sua atencao e nada, agora, se ja a ganho ainda bem...porque acredito que sou apenas um curioso nisto, na verdade, luto e ficaria feliz no dia em que iniciarmos este despertar filosofico de traduzir por escrito as nossas musicas, numa sociologia musical que acredito realidade...na khensa, haikhona na bongha, bayete!

Patricio Langa said...

Caro AMacamo.
Força e boa aventura análitica pelas músicas Moçambicanas.
Abraço

Anonymous said...

Alô

Fui dar uma vista de olhos na sugestão de leitura e deixe-me confessar que fiquei pasmo com a quantidade de coisas que descobri que não sabia.

Não sabia quanta poesia esconde-se por detrás de uma letra tão simples e complexa como "magilidana". esta música subiu 10 graus no ranking das minhas favoritas moçambicanas.


não sabia que Joaquim macuácua pertence às fileiras dos que à sua maneira pensa a sociedade em que vive.

abraços

Anonymous said...

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