Fuga de cérebros deixou de constituir problema!
A FUGA de quadros moçambicanos para diversos cantos do mundo à procura de melhores condições de vida e de trabalho deixou de constituir problema para o nosso país, [ Alguma vez constituiu? De que maneira? Quando? Que evidência existe disso? Quais foram as áreas mais afectadas?] uma vez que internamente Moçambique já possui não só cérebros qualificados, [Produziram-se substitutos imediátos?] como a qualidade de trabalho que se oferece melhorou muito. Este pronunciamento foi feito há dias em Maputo pelo Ministro da Educação e Cultura, Aires Ali, no decurso da palestra subordinada ao tema “Papel do Ensino Superior no Desenvolvimento de África”, que teve como orador principal Donald Kaberuka, director-geral do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Maputo, Quarta-Feira, 21 de Maio de 2008:: Notícias
Actualmente, segundo Aires Ali, a formação superior dos moçambicanos está sendo acompanhada por um alto sentido de qualidade, [O que quer dizer isto?] aliada ao facto de estarem a ser disponibilizadas infra-estruturas e condições de vida à altura. Estas e outras situações, na sua óptica, concorrem para que os “cérebros” não pensem em abandonar o país, olhando para a sua terra natal, que tanto precisa deles. [Cérebros? De onde é que o ministro foi tirar esta ideia? Do cérebro? Com quantos cérebros conversou? Que estudo foi feito para se tirar e apresentar tamanha conclusão? Podemos chamar a isto de 'falar sem dizer nada'].
A fuga de cérebros, não só a nível nacional como do Continente Africano, vem sendo descrita como um sério problema que ameaça o desenvolvimento. Donald Kaberuka sublinhou que o povo é que projecta um país e não os recursos materiais, daí que a aposta do Governo moçambicano deve ser sempre no sentido de formar pessoas com elevado sentido de qualidade e responsabilidade, para vencer os desafios que se impõem.
“Se se pretende ajudar um país africano a aposta deve ser na formação, a começar pela básica, garantindo o acesso em massa das crianças à escola. No passado, chegar ao Ensino Superior era um luxo. Hoje as coisas mudaram. Por isso, devem ser criadas facilidades para que todos possam elevar o seu grau de conhecimento de modo a participarem nas acções de desenvolvimento do país”, apontou.
Por seu turno, Filipe Couto, reitor da UEM, destacou a necessidade de os quadros formados e em exercício nas grandes cidades ou fora do país voltarem para as suas terras natais, nas zonas rurais, e dar o seu contributo para que estas se possam desenvolver. [ Ele está onde? Não está a combater a dita-cuja mesmo assim?]
“O que notamos é que as pessoas, quando estudam, não voltam mais para as zonas rurais de onde saíram. Preferem confinar-se na cidade, abdicando de participar em acções de desenvolvimento de que tanto as zonas precisam”,disse. [Não seria mais interessante saber porque é que as pessoas preferem (se é que preferem) ficar nas cidades? Os próprios combatentes da dita-cuja fazem-no de onde? De onde preferem fazê-lo.Não estarão eles próprios a abedicar do seu dever? Porque não? Porque Ministro e Reitor por natureza ficam na cidade?].
Para Filipe Couto, o Ensino Superior deve privilegiar cursos que geram dinheiro, por forma a que estas pessoas não fiquem à espera do Governo, mas avancem para o campo para trabalhar, desenvolver a zona e ganhar dinheiro”, disse. [SEM COMENTÁRIOS]. [Esta dupla é que constitui o nosso verdadeiro tesouro de cérebros de qualidade! E geram (ganham) dinheiro].
A palestra de ontem contou com a participação da comunidade da UEM, elementos do BAD e de diferentes representantes de organizações não-governamentais.
13 comments:
Boa Patrício! O Reitor anda a procura de dinheiro. Porque não o ajuda a encontra-lo, trazendo pra cá alguns projectos de 'rendimento'?
Esse Proefssor ainda vai nos dizer coisas.
Abraço a sensatez
podes crer patricio que isto vai animar! as tuas perguntas sao pertinentes. quias sao as evidencias que o ministro para tamanha afirmacao? e estamos a falar de um ministro da educacao, que deve trabalhar com evidencias e nao com esta famosa premissa de "dizem que". quais os cursos que nao geram dinheiro? parece que o conceito de "bussiness oriented" na gestao de universidades publicas esta sendo mal interpretado, quando aplicado para universidades publicas. nao "admira" se surgir um discurso que sustente a "ordem politica" de que cursos de historia, linguistica, filosofia, ciencias sociais sejam relegados para o segundo plano, porque geram conhecimento que nao permite ganhar dinheiro "one time". mas aqui esta patricio, falta um marco teorico que permita uma discussao sobre "conhecimento" em mocambique.
Patricio. Acho que a qualidade se refere a pseudos universidades como bem escreveste neste blog.
Engracado quando Aires Aly fala da qualidade tambem esta a falar das ciencias sociais que tanto mal falou sobre a area.
Quanto ao Conselho do Reitor da UEM fico um pouco com medo sera que todos la nasceram e aqueles que nao sao das zons rurais nao podem la ir, acho k as raizes dos nossos que dizes combater a dita cuja sao enormes que ja nao podem regressar! O que e isso cursos que geram dinheiro!!!!! pensam em abolir os k nao gerem quais sao? Percebendo melhor devera estar a dizer cursos que os estudfantes podem pagar nas pseudos universidades, ja agora onde a UEM fica ja que ao mesmo tempo e publica e privada!!! ok gerar dinheiro, percebi
abracos e continue atento
Rildo
patrício, patrício,
esta está ao nível da pergunta se podemos ter dois presidentes. simplesmente fantástico. quem me dera se andasse tão inspirado assim.
bem, alguém dentro do ministério já perguntou porquê fogem os cérebros? alguém já questionou porquê internamente os cérebros fogem? é que se o joão sai de cuamba para ingressar na uem e não regressar mais para a sua cidade natal é um cérebro que está a fugir, ou não é? que infraestruturas e condições de vida estão a ser disponibilizadas? alguém sabe dizer? onde entram as questões de governação na equação fuga de cérebros? como se espera que num país onde há licenciados que deambulam as ruas sem emprego (3-5 anos de experência, recordam-se?) as pessoas não pensem em saír? será que existe uma política para a absorção dos tais cérebros? teria sido melhor se o jornalista se tivesse concentrado no Donal Kaberuka que durante a reunião do bad apresentou uns papers interessantes. acho que talvez a sua apresentação deve ter sido mais interessante que a dos combatentes da dita-cuja, apenas para te parafrasear.
mais uma vez, boaaaa
Patricio, näo apanhou o ponto! O subdesenvolvimento do Niassa, pelo menos dois dos ilustres cérebros locais fugiram para o Maputo, por falta de condiçöes, e näo há localmente mais combatentes a altura de fazer face a dita cuja. Alguém os recambie para combater a dita cuja nas suas localidades de origem!
Em Mocambique ha fuga ou entrada de cerebos estrangeiros em demasia?
Os cerebros mocambicanos andam ai como bem referiu bayano a deambularem nas ruas ate conseguirem sei la como a experiencia de mais de 7 anos que a Universidade nao conseguiu oferecer, mas k muitas organizacoes excigem.
Sera que um individuo tem experiencia de 7 anos ou e a mesma experiencia que se repete por 7 anos?
Ja nao me ocorre o nome, mas um estudioso acho que deve ser queniano colocava uma pergunta simples.
Sera que as zonas rurais precisam de estudantes recem formados ou deviam ter la pessoas experientes?
Quando falam em voltar as suas zonas ou Zonas rurais de origem o que lhes aparece na cabeca? Voltar por voltar! O que vale voltar com a cabeca na cidade, querem despejar estudantes recem formados com a formula do polo de desenvolvimento? Quais os incentivos selectivos que existem se nem energia ou computador, etc existem? O formado e atirado e ninguem mais sabera dele, resultado vira um alcoolico.
Coloquem uma lista de vagas para estudantes que querem voltar as provincias ou zonas rurais? para ver se nao voltam mesmo. Nao e so voltar a procura do cordao umbilical!!
Mas tambem a vida nao e feita de formulas! ou agendas 2025 ou 2050!!!!! isso e tempo dos leopardos
Continuem atento
Abracos
Rildo
Um curso que "gera dinheiro" seria, em minha opiniao, aquele que procurasse despertar no estudante, o interesse pelo empreendedorismo, pelo progresso, nao so' pessoal, mas tambem da sua area de influencia, o que em ultima instancia ira' beneficiar o pais. Todos os cursos podem fazer "emergir" essas competencias, mas e' preciso referir que os impactos/resultados variarao de acordo com area especifica.
O facto e' que o estudante universitario gradua com o objectivo de encontrar um "bom emprego" e a sua ambicao (para o resto da vida) termina ai! Isso e' que deve mudar se quisermos ver este pais progredir e e' preciso percebermos desde ja' que nos e' que devemos tracar o destino desta nacao!
Por acaso fiz ha algumas semanas uma postagem abordando este assunto no meu blog!
Em relacao ao meu comentario actual, nao vejo contradicao alguma num sociologo administrar uma farma de producao de tomate!! Da mesma maneira que se "viaja" por longas horas ate se dominar as licoes de Bourdieu, pode-se fazer o mesmo com o "manual de producao de horticulas" e com esse "expertise" fazer-se um tremendo sucesso, numa altura em que o Kilo ronda os 25-30Mtn! Por isso, sucesso pode ser conseguido numa area diferente da da sua formacao! E nao me digam que haja cursos que nao desenvolvam a capacidade de raciocinio e iniciativa!
só para acrescentar à ideia do jonathan. gulamo tajú aparece ultimamente como agricultor.
Epa! Egídio.
Bom vêlo por aqui.
Há muito que andava sumido.
Ohh já agora para quando o seu regresso ao “ideias de Moçambique”?
É isso se não da “mola” não serve!
Caro Jorge.
Esse discurso já existe.
Leia a aula inaugural do ‘Ministro da Educação na UEM 2005’.
Bom, para não recuar tanto no tempo é só acompanhar seus discursos.
Caro Rildo.
O problema aqui começa com o próprio conceito‘qualidade’!
Que ideias é que ocorrem ao ministro quando diz que existe qualidade?
Não se pode dizer que ela existe, sem antes estabelecer o que é que ela compreende.
Bayano, Bayano!
Dizem que um momento de inspiração não se cria, acontece!Será?
As questões que levantas são pertinentes, mostram o grau de complexidade desde assunto que está a ser tratado de ánimo leve.
Caro anónimo!
Essa do Niassa! Bom, devem estar a subsituí-los com os Machanganas de que acusam o Governador estar rodeiado. Não foi um dos cérebros que sugeriu a ideia de desproporcionalidade? (Por sinal o antecessor do actual Reitor da “primeira e mais antiga”! eh, eh, eh.
Estimado Mccharty.
O que a universidade, suponho, devia se preocupar em fazer é formar da melhor forma possível enginheiros- enginheiros; sociólogos-sociólogos, biólogos-biólogos, quer dizer pessoas capazes de produzir conhecimento nessas áreas. O empreendedorismo é uma habilidade, capacidade da vida (life skill) que se pode adquirir mesmo sem por lá os pés. De resto concordo consigo.
É isso Bayano!
Nada impede a um sociólogo, engenheiro, etc de ser ‘empreendedor’ agricola, avicula etc!
Obrigado a todos pelos vossos comentários.
Parabéns!
È necessário questionar os nossos políticos sobre as suas afirmações...elas tem de ser sustentadas, não podem servir de rampa de euforias e auto-ilusões sobre risco de perder-mos a capacidade de reconhecer e discutir os problemas reais. Já agora, ninguém apresenntou até hoje um plano de enquadramento e/ou fomento de jovens que queiram se basear no distrito, e pergunto mais, O QUE VAI FAZER UM ARQUITETO EM MOCIMBOA DA PRAIA ?, O QUE VAI FAZER UM SOCIOLOGO EM MONTEPUEZ?, O QUE VAI FAZER UM FISICO EM MUTARARA? Esta fase política actual é uma fase de REVOLUÇÂO POLÌTICA ADOLESCENTE - muitos sonhos e poucos caminhos a vista!
Espelho da Terra.
A paranoia e continental
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/176435
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