Já se contam mais de 40 mortos, em menos de duas semanas, vítimas dos ataques xenofobos que se alastraram agora de J’Burg para Durban. A criatividade humana, enquanto isso, vai inventanto termos que ‘melhor’ tentam caracterizar a natureza dos visados (das vítimas). Se xeno-fobia se refere, de forma geral, ao medo pelo estranho (estrangeiro) que pode ser de qualquer cor, a ‘Afro-fobia’ já tenta ser mais especifica na caracterização dos visados. Estes são Africanos! É um medo do, estranho, africano. No entanto, ‘Africano’ parece também ser uma categoria indentitária multipla, diversa e fluida para ser baseada apenas características fenótipicas dos indívíduos. Ontem andava pelos corredores da universidade e cruzei-me com um amigo moçambicano (Branco). Instintivamente, comentei sobre a xenofobia pois a primeira identidade que me ocorreu atribuí-lo ao encontrá-lo foi a de moçambicano. No entanto, segundos depois, ocorreu-me que ele talvez fosse menos visado do que eu (Negro) caso estivesses numa zona propensa aos ataques xenofobos (digamos Alexandra em J’Burg)! Hoje, abro o e-mail e encontro está expressão ‘Negro-fobia’!
Estamos na semana da comemoração do dia de África (25 de Maio). Comemorar? Comemorar o quê? A carnificina sanguinária? A Àfrica do sul, com sede de recuperar o sentido de humanidade que tinha perdido durante a longa noite do apartheid, acordou com a utopia do renascimento africano. Renascer? Renascer de quê? A Àfrica do sul, sim, precisava de renascer dos longos anos de desumanidade por que passou. Para seu equilibrio psicológico, como nação, precisava recuperar o sentido de humanidade. A comissão de verdade e reconciliação sob orientação do Arcebispo Desmod Tutu tentou uma terápia fazendo perpetradores e vítimas encontrarem-se num tribunal que não era tribunal (era mais um confessatório público). Pode de alguma maneira ter desinfectado a ferida, mas nada fez para curá-la ( justiça)! Nunca houve 'justiça' as vitmas do apartheid neste país. Isso faz com que o stock de raíva e violência ainda habite em muitos Sul-africanos (Negros). Brancos e Africanos (negros não sul-africanos) se tornaram no tubo de escape (bode expiatório) para as suas frustações, pela promessa irealizada que o fim do apartheid parecia representar. Ao branco não se pode atacar porque se reconhece sua supremacia no controle da economia. Atacando ao branco corre-se o risco de ser o próximo Zimbábue! Só lhes resta o Negro (Africano, não Sul-Africano) a quem se pode responsabilizar pelo infortúnio cuja origem estrutural reside no passado do qual achavam já se ter emancipado.
Estamos na semana da comemoração do dia de África (25 de Maio). Comemorar? Comemorar o quê? A carnificina sanguinária? A Àfrica do sul, com sede de recuperar o sentido de humanidade que tinha perdido durante a longa noite do apartheid, acordou com a utopia do renascimento africano. Renascer? Renascer de quê? A Àfrica do sul, sim, precisava de renascer dos longos anos de desumanidade por que passou. Para seu equilibrio psicológico, como nação, precisava recuperar o sentido de humanidade. A comissão de verdade e reconciliação sob orientação do Arcebispo Desmod Tutu tentou uma terápia fazendo perpetradores e vítimas encontrarem-se num tribunal que não era tribunal (era mais um confessatório público). Pode de alguma maneira ter desinfectado a ferida, mas nada fez para curá-la ( justiça)! Nunca houve 'justiça' as vitmas do apartheid neste país. Isso faz com que o stock de raíva e violência ainda habite em muitos Sul-africanos (Negros). Brancos e Africanos (negros não sul-africanos) se tornaram no tubo de escape (bode expiatório) para as suas frustações, pela promessa irealizada que o fim do apartheid parecia representar. Ao branco não se pode atacar porque se reconhece sua supremacia no controle da economia. Atacando ao branco corre-se o risco de ser o próximo Zimbábue! Só lhes resta o Negro (Africano, não Sul-Africano) a quem se pode responsabilizar pelo infortúnio cuja origem estrutural reside no passado do qual achavam já se ter emancipado.
E o resto do continente porque precisaria se emancipar? E mesmo que precisa-se porque é que a receita tinha que ser a utópica fantasia da filosofia Ubuntu? (Eu sou porque tu és)! O chavão do mundial 2010 é “celebrando a humanidade africana”! Preocupada com a humanidade, africana, esqueceu-se de fazer a terapia psícologia por dentro ( justiça). Achando-se a nação que redescobrira o sentido da civilização, perdoado, lançou-se na tarefa missionária de envagelizar o resto so continente pregando o Ubuntismo e esqueceu-se que apenas havia morto o crocodilo, sem eliminar seus ovos.
3 comments:
O que acontece depois de acabarem com os negros estrangeiros? Como fica a integracao regional no processo?
Caro Obed, espreite aqui
http://www.imensis.co.mz/news/anmviewer.asp?a=12581&z=15
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/173944
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