Escrevi um longo texto sobre o assunto , mas resolvi não publicá-lo antes de o terminar. O argumento central, mais uma vez, tende a discordar dos meios que se pretendem usar para alcancar determinados fins. Neste caso o meio (colocar uma mulher como reitora da UEM) em nome do equilibrio de genero e da reparação de um “erro” milenar de subalternização e submissão da mulher, assente no des-historicizado, biologizado, determinista, incorporado e interiorizado modelo patriarcal e adrogénico de dominação masculina(fim). Um fim nobre, sem dúvidas!Dada a sua natureza precisaria, creio, de soluções mais apropriadas. Claro que não me refiro a criacão do ministério da mulher.Esse parece mas problema que solução!
Estou de viagem o que não me permite escrever longamente e com cuidado, pois o acesso a net é dificil por onde ando. Vou optar por, sempre que tiver acesso a net, deixar perguntas no ar...!
1. Em que medida a nomeação de uma mulher vai significar, efectivemente, o principio da alteração das relações de poder entre H e M na academia?
2. Nomear uma reitora, por ser mulher, é diferente de não nomeá-la pela mesma razão?
3. Em outras palavras, que problema resolve a solução de nomear uma reitora?
4. Um reitor (H) não estará em condições de fazer o mesmo ou melhor que uma reitora, se esse (ser H ou M) constitui o principal crítério para ser reitorável?
Receio que este debate venha a ignorar o essencial daquilo que devia ser a questão central. Redifinir a vocação da nossa universidade. Que tipo de universidade se pretende? Que condições existem para se alcançar essa universidade? Um universidade virada para a investigação? Para a responder as "necessidades do mercado"?, Para massificar o ensino superior a todo o custo? Uma universidade para que fim?
Enfim, porque não questionar a prerrogativa do presidente da república de nomear e exonerar reitores das universidades públicas?
O que ganhamos ou perdemos com um reitor (executivo) e centralizador do poder?
É pertinente discutir o perfil do reitor ou o genero da reitor?
Podia alargar esta lista de perguntas que me parecem bem mais pertinentes para se pensar no que queremos que seja a nossa universidade do que o genero do/da reitoravel.
Tuesday, February 20, 2007
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