Clarificação
“Embora tenhas razão no argumento segundo o qual bolonha seria um
assunto europeu, existe também o facto de que todos nós marchamos ao som
da música europeia. desbolonhizar pode ser arriscado...”
De um amigo recebi um email comentando o texto sobre a reforma curricular que publiquei há dias aqui e que faz o primriro plano da Edição de hoje do Jornal Notícias. Bom, a questão colocada pelo meu interlocutor é importante. O artigo que escrevi, no fim, toma partido em relção ao que devemos fazer, sugerindo a ideia de desbolonhizar. Na verdade, tratou-se de uma conclusão e sugestão meio precipitada. A natureza do processo de Bolonha, de Europeização, deixa-nos com pouca margen de manobra. Até países como os EUA e o Brasil que tentam oferecer alguma resistência tendem a ceder em alguns aspectos, nomeadamente no sistema europeu de transferência de créditos. No entanto, a adopção do modelo europeu não está a ser feita de forma mimética, precipitada e por decreto como me parece estar a acontecer o caso de Moçambique. Existe um debate aceso e envolvente sobre o que harmonizar, por ser uma tendência global, e onde Americanizar, no caso do EUA. Nós também não escapamos a isso. No entanto, esse processo podia ser amplamente debatido para que não se torne um processo mecânico , mimético e por decreto. É preciso ainda o exercício fundamental de clarificarmos os termos do próprio debate, o significado do processo e suas implicações
No processo de harmonização a forma do currículo é apenas um aspecto técnico. Dada essa forma, global, coloca-se a questão de saber como vamos adaptá-la aos conteúdos (conhecimentos) que nos são relevantes. Esse debate não está ser feito como referi no artigo. O debate, como refere o Editorial do Notícias, tem de ser mais alargado, envolvendo os demais sectores da sociedade, grupos de interesse e acima de tudo instrutivo. Nesse debate penso que não deviamos nos prender ao falso dilema que se pode colocar com a ideia de bolonhizar ou moçambicanizar o curriculo. Deve haver um meio termo!
1 comment:
“Terá sido a proximidade da realização do mundial de 2010 na vizinha RSA”
Sem querer entrar no fundo dos justos questionamentos que levantas, o mundial 2010 na vizinha, RSA, deve ter sido o mote.
Repare que os dois ministros vinham trabalhando em conjunto para a materialização também conjunta, de projectos sobre o mundial. E acho, que o principal desafio, hoje para o MJD, é o mundial.
Ora, para não descompassar o “passo”, o PR. Deve ter olhado para quem conhecia melhor o dossier e logicamente, o Sumbana, pelos motivos acima.
Só que esta questão traz outros questionamentos: se o MJD tem um vice e se pressupõe que o Vice age em consonância com o Ministro, o que ter¬á ditado a não colocação deste, no lugar do Ministro.
Duas explicações (especulações) me ocorrem: ou pela mania dos nossos dirigentes em agir individualmente em acções conjuntas, ou o PR, tem reservas, em relação ao vice…..
Será?
P.S. acho que houve algum problema na postagem do material, misturaram/se duas matérias, ou não?
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