Da Grécia à Roma!
“Não debatamos, combatemos (lutemos)”, advogam os arautos da revolução. É que o debate, segundo aqueles, nos remete nostálgica e irrealistamente à Agora da Polis Grega. Nós que advogamos o debate como sendo constitutivo da sociedade andamos equivocados que nem nos apercebemos que Atenas era institucionalmente desigual com os escravos excluídos do direito de cidadania pelo voto.
A tese que defendo admite que qualquer indivíduo racional pode, em princípio, participar num debate. Isso não impede de olhar para as condições sociológicas que eventualmente impossibilitem determinados indivíduos (no caso da Grécia, os escravos) de participar no debate. A mentalidade crítica e, já agora, a “competência no debate” assumem-se como qualidades de qualquer indivíduo que se preze membro de uma sociedade. A mentalidade crítica é, portanto, a capacidade de agir socialmente e interagir com outros avaliando criticamente o sentido e a plausibilidade dos seus argumentos e de tudo que podemos apreender com os nossos sentidos.
“Lutemos, advogam os arautos da revolução, porque a democracia, tal como a concebemos hoje, é, em grande medida, produto das lutas dos trabalhadores na Europa do século XIX”. Reparem a convicção de que está é a leitura não equivocada da génese da democracia tal e qual a conhecemos hoje. É no século XIX, argumenta-se, que devemos buscar as origens da democracia e não na idílica Agora Grega. Como poderemos avaliar tão forte e problemático argumento se não por via do debate? É fazendo, e promovendo acusações de feitiçaria do tipo “A Marcha” ou desmascarando populistamente “As Mentiras da Verdade”, com argumentos analiticamente problemáticos elevados ao estatuto de verdade e com legitimação irresponsável pela autoridade de académicos credenciados?
Recusam-se a debater conclusões problemáticas como a de que o estágio actual de miséria social, vivida por muitos Moçambicanos, é acção deliberada e conspiratória do Governo. Baseiam-se num esquema simplista de leitura do mundo social onde só existem dois grupos: 1) os dominantes (governo) – corruptos, ilegalmente enriquecidos, perpetradores de crimes contra cidadãos honestos, e por ai em diante – e os (2) dominados, o povo, que clama pelo Messias, académico engajado. Por mais aliciante que seja esta leitura é bastante simplista para corresponder a realidade. Esta leitura é um bálsamo eficaz e mistificado, principalmente, para as almas menos preparadas, para se partir para a acção. Partir para acção porque o inimigo já está identificado. O mundo já está interpretado, faltando, apenas, transformá-lo. Não há o que debater, há sim o que mudar.
Nem se quer vou disputar o argumento da génese da democracia. Se quisermos entrar para história da busca do mito de origem, talvez nem fosse ao século XIX a que deveríamos retornar. Tínhamos que primeiro saber caracterizar isso que chamam de “democracia como a concebemos hoje”. Fala-se como se só existisse uma única concepção de democracia. Existe uma diferença substancial entre as lutas dos Jacobinos da Revolução Francesa ( e que parece quererem reproduzir aqui) e os processos de transição democrática na década de 1990 em muitos países africanos, só para citar um continente.
Voltemos a máxima, “não debatamos, lutemos”! A luta é uma forma de argumento. É o argumento dos que não têm argumentos fortes. O nosso país ainda não se desfez do fantasma da luta (dos que não têm argumentos) – supostamente em nome dos deserdados, ideologicamente justificada pela conquista da democracia – que produziu mais de um milhão de mortos e danos materiais incalculáveis. Uma luta que imperou, se não o desenvolvimento, muito do seu percurso. Por ironia a formula para terminar esses anos todos de (luta) gestação violenta da democracia foi com recurso ao debate. Desta vez, o retorno não foi a Grécia, mas a ROMA.
Blogueiros de todo mundo não lutemos (sem saber por que causa o fazemos), debatamos antes as causas.
Pelo debate, a luta continua!
PS: Devo chamar atenção aos leitores (alheios ao debate que têm estado a decorrer na blogosfera Moçambicana sobre o debate crítico) que não se trata de desmobilizar a acção, por exemplo, de movimentos sociais e de todas outras formas de luta social por um mundo melhor. O que estou a defender é que, para o contexto Moçambicano actual, a melhor forma que os intelectuais e académicos, em particular, têm de lutar, por um mundo melhor, é fazendo melhor uso dos instrumentos analíticos para os quais foram preparados profissional e academicamente e com os quais legitimam suas acções. Académicos, que não usam seus instrumentos analíticos seriamente, para interpretar e compreender a realidade, mas fazem uso de seu capital cultural e simbólico para legitimar leituras simplistas da realidade, ainda por cima, fazendo apelo a acção (revolucionária) são uma espécie Jacobina, perigosa. São políticos com capa de académicos escondidos na faculdade, falam e fazem-se de representantes legítimos dos deserdados. Cuidado!
“Lutemos, advogam os arautos da revolução, porque a democracia, tal como a concebemos hoje, é, em grande medida, produto das lutas dos trabalhadores na Europa do século XIX”. Reparem a convicção de que está é a leitura não equivocada da génese da democracia tal e qual a conhecemos hoje. É no século XIX, argumenta-se, que devemos buscar as origens da democracia e não na idílica Agora Grega. Como poderemos avaliar tão forte e problemático argumento se não por via do debate? É fazendo, e promovendo acusações de feitiçaria do tipo “A Marcha” ou desmascarando populistamente “As Mentiras da Verdade”, com argumentos analiticamente problemáticos elevados ao estatuto de verdade e com legitimação irresponsável pela autoridade de académicos credenciados?
Recusam-se a debater conclusões problemáticas como a de que o estágio actual de miséria social, vivida por muitos Moçambicanos, é acção deliberada e conspiratória do Governo. Baseiam-se num esquema simplista de leitura do mundo social onde só existem dois grupos: 1) os dominantes (governo) – corruptos, ilegalmente enriquecidos, perpetradores de crimes contra cidadãos honestos, e por ai em diante – e os (2) dominados, o povo, que clama pelo Messias, académico engajado. Por mais aliciante que seja esta leitura é bastante simplista para corresponder a realidade. Esta leitura é um bálsamo eficaz e mistificado, principalmente, para as almas menos preparadas, para se partir para a acção. Partir para acção porque o inimigo já está identificado. O mundo já está interpretado, faltando, apenas, transformá-lo. Não há o que debater, há sim o que mudar.
Nem se quer vou disputar o argumento da génese da democracia. Se quisermos entrar para história da busca do mito de origem, talvez nem fosse ao século XIX a que deveríamos retornar. Tínhamos que primeiro saber caracterizar isso que chamam de “democracia como a concebemos hoje”. Fala-se como se só existisse uma única concepção de democracia. Existe uma diferença substancial entre as lutas dos Jacobinos da Revolução Francesa ( e que parece quererem reproduzir aqui) e os processos de transição democrática na década de 1990 em muitos países africanos, só para citar um continente.
Voltemos a máxima, “não debatamos, lutemos”! A luta é uma forma de argumento. É o argumento dos que não têm argumentos fortes. O nosso país ainda não se desfez do fantasma da luta (dos que não têm argumentos) – supostamente em nome dos deserdados, ideologicamente justificada pela conquista da democracia – que produziu mais de um milhão de mortos e danos materiais incalculáveis. Uma luta que imperou, se não o desenvolvimento, muito do seu percurso. Por ironia a formula para terminar esses anos todos de (luta) gestação violenta da democracia foi com recurso ao debate. Desta vez, o retorno não foi a Grécia, mas a ROMA.
Blogueiros de todo mundo não lutemos (sem saber por que causa o fazemos), debatamos antes as causas.
Pelo debate, a luta continua!
PS: Devo chamar atenção aos leitores (alheios ao debate que têm estado a decorrer na blogosfera Moçambicana sobre o debate crítico) que não se trata de desmobilizar a acção, por exemplo, de movimentos sociais e de todas outras formas de luta social por um mundo melhor. O que estou a defender é que, para o contexto Moçambicano actual, a melhor forma que os intelectuais e académicos, em particular, têm de lutar, por um mundo melhor, é fazendo melhor uso dos instrumentos analíticos para os quais foram preparados profissional e academicamente e com os quais legitimam suas acções. Académicos, que não usam seus instrumentos analíticos seriamente, para interpretar e compreender a realidade, mas fazem uso de seu capital cultural e simbólico para legitimar leituras simplistas da realidade, ainda por cima, fazendo apelo a acção (revolucionária) são uma espécie Jacobina, perigosa. São políticos com capa de académicos escondidos na faculdade, falam e fazem-se de representantes legítimos dos deserdados. Cuidado!
48 comments:
como caracterizar a "democracia" tal "como a concebemos hoje"? temos elementos para caracteriza-la? Vamos caracteiza-la onde, no Paquistão ou em Moçambique? Devemos falar em democracia ou na adapatçao da democracia aos variadissimos "processos democraticos"?
Caro anónimo.
Sugiro que releia, bem, o que escrevi.
Não me parece que essa pergunta devia ser dirigida a mim.
O que estou a sugerir é justamente a necessidade de debatermos sobre os critérios que adoptamos para caracterizar o que se quer designar de “democracia como a concebemos hoje”. Concebemos, quem? No meu entender não existe uma única concepção de democracia, hoje. Nem Fukuyama demonstrou isso.
Dr. Langa,
É verdade que precisamos de estudar muito bem o que mudar e não adianta correr de mais. Mas parace que o seu posicionamento em relação aos problemas dos moçambicanos é bastante simplista e deixas transparecer que não há pressa para solução. O Dr. deve estar muito bem da vida para pensar assim. É urgente sim mudar o rumo das coisas, mas com conhecimento de causa. E agora, o seu convite à "filosofia pura" não é nada atraente.
Feliz 2008
Caro Xibeulane.
Agradeço-lhe pelas questões que me coloca. Permita-me fazer uma sugestão antes de respondê-lo. Neste blog criei o hábito, e por preferência, de tratar os meus interlocutores sem prefixos de seus títulos académicos (Drs). Acho que isso força nos a um formalismo desnecessário. Sem falsa modéstia, prefiro que me trate por Patrício Langa. Vejo que estamos de acordo em relação a necessidade de saber o que mudar antes de mudar. Não concordo porém que a pressa de mudar justifique a fragilidade do diagnóstico sobre o que mudar. Nesse sentido, sim, prefiro essa coisa que o Xibeulane chama de “filosofia pura” ao invés de mudar, por mudar, mesmo que o resultado depois seja catastrófico. Para mim é justamente a necessidade de “acelerar o passo” – definida pelos políticos – que coloca um grande desafio aos intelectuais e académicos. O desafio é de resistir ao que vou chamar de “TEMPO DO POLÍTICO”, o tempo da certeza para agir, e a abraçar o “TEMPO DO ACADEMICO”, o tempo da dúvida para pensar! Por conseguinte acho que deve haver distinção entre atitude do político e a do académico. Se os intelectuais e académicos começam a responder a “necessidade”de mudança da mesma maneira, com a pressa do politico, então, algo não está bem. Os seus relógios andam a ritmos distintos. Um político tem toda urgência de mudar (por exemplo, na base das promessas eleitorais quinquenais que faz), o académico porém precisa mais tempo para entender a mudança. Se todos, agirmos, consoante o tempo do político, então, estamos mal, mesmo. Finalmente, precisaria saber o que o Xibeulane chama de “estar bem da vida” para pensar assim”?. Posso lhe adiantar, no entanto, que não é a minha condição material que determina o meu pensamento, “filosofia pura” como lhe designas.
Retribuo os votos de feliz 2008.
patricio! a necessidade de accao tambem faz parte da academia. e parece-me a mim que a academia faz parte de um movimento social, o campo que a ciencia tem hoje, o seu prestigio e capital simbolico foi ganho tambem na alianca da academia com os movimentos sociais, que apelavam a transformacao social e a pluridade de ideias. acho que defendes um conceito de academia sem apresentares argumentos plausiveis do espaco que ele deve ocupar. e acho que nao podes negar a participacao do academico no espaco politico e de accao social, sem questionar o papel dos movimentos e sociedade civil numa sociedade.
Afinal, a "teoria pura" ou a "filosofia pura" é luta de teses e de teorias... Gostei da expressão..., embora não haja nada puro e muito menos a filosofia.
Um abraço
Caro Jorge.
Este debate já se arrasta há algum tempo. Um risco que corremos em debates prolongados é que os nossos interlocutores nem sempre podem ou conseguem acompanhar a sequência da apresentação dos nossos argumentos. Devo, talvez, considerar a possibilidade de recuperar os diferentes pedaços de textos que escrevi sobre este assunto e fazer uma única postagem.
1) Eu nunca defendi que não é possível académicos participarem das mudanças que ocorrem na sociedade e até mesmo influenciá-las. Mas, defendi, que ao fazê-lo, devia estar claro sob que égide o fazem.
2) Discordo da tua ideia segundo a qual a “academia é um movimento social”, não. Não é. Há movimentos sociais que se iniciaram nas universidades, incitado por estudantes (Maio de 68) e por académicos. Parece a mesma coisa, mas não é. Leia, por exemplo, os textos de Bourdieu em Contrafogos. Aquilo não é Sociologia é Politica. E ele pelo menos era honesto ao reconhecer isso. Bourdieu tinha chegado a certeza conclusiva de que o neoliberalismo – na sua interpretação - não prestava. Por isso, para ele, só restava combatê-lo do jeito que fez até morrer. Alain Touraine, pelo contrário, resolveu estudar, sociologicamente, os movimentos sociais. Há uma diferença substancial aí na atitude. Os que confundem ciência com política, acabam fazendo má ciência e porque não má politica. Usam a academia para legitimar acções políticas. Isso é perigoso porque opiniões, as vezes mal formuladas, passam por verdades e estão imunes a crítica porque expressas por académico (x, y, z) prestigiado e com credenciais (Y,X Z).
3) Algumas, vezes esses académicos usam o seu capital simbólico (prestigio) social (redes) e cultural (credenciais) para legitimarem as suas acções intervencionistas. Fique claro, nesse momento, não estão a agir como académicos, mas, claramente, como político (e com todo direito).
4) Equivoco teu. Como vez, nunca neguei a participação do académico no espaço político. Eu, Elísio, Tu, Ilídio Macia, Bayano, e muitos outros fazemos isso. O que tenho defendido é a natureza – sublinhe isso, e repito, a natureza da participação. Quem foi que disse que a única forma de acção é o protesto? É convocar a revolução (A MARCHA)? Pensar, analisar, debater, argumentar é também uma acção. É uma acção MAIS consentânea com a mentalidade crítica que se espera de um (intelectual) académico.
caro patricio! nao estou equivocado, so vejo contradicoes substanciais na tua 1)definicao de academia,2) na relacao que a academia deve ter com a sociedade e nao com suas questoes politicas, 3) no equivoco de que aqueles que convocam a marcha o fazem como protesto contra aqueles que pensam, analisam, debatem, argumentam.
e nao sei se o facto de o objecto de estudo da sociologia ser o estudo das manifestacoes colectivas na sociedade, da legitimidade a sociologia para negar a sua ligacao a movimentos sociais. interessante que na historia quando estudamos os movimentos sociais quando ligados a academia, os academicos sempre sao identificados como a ala "progressista da academia" e nao como activistas. e patricio acho que precisamos tambem reconhecer que os movimentos sociais emprestaram o seu capital simbolico para a reforma na academia, os movimentos de luta pelas independencias africana e movimentos negros nos EUA e RSA, para reconhecimento do direito da populacao estudantil negra para o acesso ao ensino ou a academia.
interessante ainda patricio as varias producoes sociologicas sobre o estudo das manifestacoes colectivas na sociedade salientam que o principal factor de mudanca e transformacao social é precisamente a natureza contraditória e conflictual das sociedades complexas e que essa transformação decorre precisamente da acção colectiva e do pulsar da sociedade do que do funcionamento regular das suas instituições.
a sociologia ou outra ciencia que se quer critica, mesmo produzindo a critica no espaco universitario, ela precisa de ser critica tambem no espaco publico. agora nao sei o espaco publico ate aqui deve ser ocupado por argumentos politicos.
Espera-se que um academico seja uma especie de ET (extra terrestre), que observa a sociedade a partir do seu planeta [dele]. Sera possivel?
1- Tanto quanto li, o academico é parte integrante da sociedade, ele participa na sociedade, ele transforma-a. Enquanto academico, a sociedade confere-lhe prestigio - empresta-lhe, mesmo quando nada tenha publicado - autoridade. o academico esta naturalmente imbuido de capital simbolico.
Enquanto educador,o academico esta, em contacto com os pais de alunos, uma elite influente, que o academico, pode manipular sem afichar cores politicas. o academico faz consultorias, maneira de impor, subtilmente,suas ideias, qual artesao de uma forma indirecta de "governar"
2-O que pretende, fazer da academia Prof Langa, uma especie de "partido ", onde todas as atitudes e acçoes sao justificadas pelo metodo?
3- O academico é pai, é irmao, é marido, é amante, é filho... esta forçosamente integrado numa rede de reciprocidade, como isolar-se e ser imparcial, construindo um método, metodologia na qual ele nao participe?
4- Pode a academia (sociologica)mandar parar a sociedade, para que possa estuda-la cientificamente, ou sao justamente as tranformaçoes socias da sociedade que sao a "razao de ser" do academico (sociologo)? Se Azagaia não tivesse escrito a marcha, estariam a falar de quê?! A academia é exterior à sociedade?
5- deve a sociedade continuar a pagar os "sonhos" dos academicos, estando eles longe das reais necessidades dos seus concidadãos?
6- o que é a academia? Uma instituiçao dirigida pelo pensamento teorico dos sociologos? Onde ficam os engenheiros,os medicos, os arquitetos, os biologos, por exemplo? Servem apenas para tratar da saude e do bem estar dos sociologos?
Jorge.
Há equívocos, sim, na interpretação que fazes daquilo que digo.
Estas a atribuir-me coisas que eu jamais defendi, senão vejamos:
1) Sim. Digamos que eu nunca apresentei uma definição de academia. No entanto, quem esta a seguir o meu raciocínio pode inferir qual é o principal papel que eu reservo a aquela e isso a define. Estou a usar o termo como sinónimo de universidade, instituição fundamentalmente vocacionada para produção de conhecimento (científico). É claro que, hoje, a universidade apresenta-se com várias funções, muitas vezes por pressão e exigências de agentes externos a ela (stakeholders). Algumas dessas funções são até contraditórias. Daí existirem dentro da própria universidade posicionamentos diferentes de como ela se deve relacionar com o mundo externo. Esse é um tema vasto que entre outras coisas envolve o debate que temos estado a fazer sobre o intervencionismo dos académicos. Existem aqueles que acham que a universidade (os académicos) devem contribuir directamente com soluções para o combate a pobreza absoluta, por exemplo. Eu prefiro atribuir-lhe um papel mais modesto, mas, para mim, mais importante, compreender, por exemplo, o que significa combater a pobreza absoluta.
2) “Relação que a académica deve manter com a sociedade e não com suas questões politicas”. Confesso que não compreendo o que queres dizer com esta frase. Podes explicar-te melhor? O que tenho estado a defender, e insisto, é que um político não é um académico e vice-versa. Um indivíduo pode sim desempenhar os dois papéis sociais, de político e de académico. Mas isso não faz das suas acções políticas achados académicos e nem dos seus achados académicos, necessariamente, acções politicas. Acho problemático confundir-se isso. Acho problemático um académico – que não se tenha dado tempo de entender um fenómeno x – sair por aí a defender acções politicas (mudar as coisas) que nem ele próprio entende e legitimar a acção politica com a sua autoridade académica. Ainda não me convenceram a pensar que isso não é problemático.
3) Estás equivocado quando me atribuis a seguinte ideia: “aqueles que convocam a marcha o fazem como protesto contra aqueles que pensam, analisam, debatem, argumentam”. O detalhe é importante, pois faz a diferença. Eu não disse que os que convocam a marcha o fazem contra aqueles que pensam....! E disse, e repito, que aqueles que convocam a marcha atingiram o estado da certeza. Superaram a dúvida, acham que sabem o que fazer, o que mudar por isso já não precisam pensar, mas agir. Não precisam mais compreender o que está claro, mas transformar. O que tenho estado a defender é que eu duvido da plausibilidade de seus diagnósticos e dei exemplos disso. O detalhe é importante Jorge.
Parece me que o dizes a seguir sobre a sociologia é repetição. No entanto, concordaria contigo sobre a importância de debatermos o papel do cientista e a sua relação com a sociedade.
Um abraço.
Caro anónimo.
Obrigado pelas questões pertinentes que coloca.
Fazem-nos pensar, como já havia sugerido o Jorge, sob a relação entre a academia (universidade) e a sociedade. Se os académicos devem ser ET (extra terrestres)? Tirando a ironia, como disse existe toda uma literatura que pode defender dois posicionamentos: 1) que os académicos devem participar directamente na transformação do mundo. 2) que os académicos devem se preocupar apenas com as questões da academia. Pessoalmente acho que há um equívoco nesta dicotomia. O problema reside naquilo que nós consideramos intervenção. Ou melhor na qualidade da intervenção. Tenho estado a defender, e vocês também, que a academia não está isolada da sociedade no geral. Concordo, só até aí. Mas esse facto não obriga os académicos a agirem com os mesmos instrumentos analíticos que agem os não académicos. Para mim o melhor contributo que um académico pode trazer a sociedade é fazer aquilo que um sociólogo Britânico, Giddens, chamou de dupla hermenêutica. A realidade social é interpretada por qualquer indivíduo que vive em sociedade. A dupla hermenêutica é um segundo nível de interpretação (cientifico) e que se baseia no MÉTODO e faz-se na academia. Ninguém disse que essa segunda interpretação não poderá retornar a sociedade. Pode até ser apropriada e se esquecer da sua origem académica.
É interessante a forma como os últimos textos aqui postas se ‘inspiram’ dos escritos do que visceralmente combate.
É interessante a forma como usa a ironia para desacreditar pessoas com obra feita e que tentam, com o seu saber e engajamento, ajudar os outros a livrarem-se das várias amarras a que se encontram.
É interessante ainda a forma como o PL e o seu grupo vê os moçambicanos:
Pessoas que ainda não entenderam bem o que se quer mudar. Ou seja, para o PL, os moçambicanos ainda são tão inocentes que tagarelam pela mudança sem sabem bem o seu rumo.
Por isso, lança-se às pessoa que, criticando ou fazendo a análises críticas a partir das mais variadas especialidades, acusando-as de políticos disfarçados em académicos. Pior, APELA AO CUIDADO, como se isso não fosse um apelo à (in)acção!
Do meu ponto de vista, é já chegado o momento de aceitarmos a luta que o PL trava contra o Prof. Catedrático Carlos Serra. E essa luta tem um único objectivo. PODER.
Eu agora apelo ao cuidado a essa luta obsessiva pelo poder.
Todos seremos PAPA-sociólogos um dia. Mas precisamos de trabalhar.
Acusar os moçambicanos de mentecaptos, pessoas que facilmente se curvam as seduções de Custódio Duma, Josué Bila, Carlos Serra e outros, é falta de respeito para com milhares de cidadãos deste país, que precisam deles; que fazem deles seus altifalantes; que fazem deles, seus privilegiados mensageiros. Como letrados, como intelectuais acima de tudo e como profissionais, esta gente trabalha e arrisca suas vidas para o bem dos deserdados deste país.
Põem a ciência ao serviço do povo e não ao serviço do estabilishment, como se quer aqui acautelar.
E os resultados estão aí, a vista de todos: a denúncia sobre os abusos dos direitos humanos; a mcelização da cidade da Beira; o estudo sobre os linchamentos; as execuções sumárias aos membros da corporação policial; a investigação sobre a morte misteriosa de prisioneiros da costa do sol e outras, são produto destes homens que, dos seus gabinetes, lançaram-se ao campo em defesa dos deserdados da terra. E fazem desta causa, sua razão de viver.
Ora, se o PL vem a Moçambique para ORGANIZAR o debate, e dividir as pessoas entre os que sabem debater e os que não sabem, então, está bem-vindo Professor. Ensine-nos.
Se o PL vem a Moçambique para nos ensinar que tentar aprender com quem sabe mais é mesma coisa que ser seu lambe-botas, então, bem-vindo Professor!
Se o PL vem a Moçambique para nos dizer que pretende instaurar um debate competente e que essa é a razão da sua vida, então Bem-vindo Professor!
Se o PL vem a Moçambique para nos dizer que todo o académico que abrir um blogue deve necessariamente usa-lo para assuntos académicos e não mais falar do dia-a-dia, da emoção, da razão, da denúncia, do desabafo então Bem-Vindo Professor!
Se é assim como concebe o conceito de blog, então, bem-vindo Professor!
Há que rezar Pai-nosso para que o espírito de iniciativa volte na blogosfera moçambicana. Eu não sei o que é ser cientista social no nosso tempo, se o ofício não contribuir para a compreensão do mundo e ajuda-lo a mudar para o melhor.
PS: Um dia comentei sobre o Natal. Foi triste a interpretação que fez sobre o meu comentário. Distorceu-o de tal forma que não me deu vontade de voltar. Outro dia comentei sobre 'O miserável convite ao desafogo ou a recusa ao debate!. Também a sua interpretação juntamente com EM foram tão maldosas que mais uma vez preferi ficar na periferia, como tem sido hábito, quando as pessoas procuram manchar a minha dignidade.
Porque este espaço é seu, quero dizer que o eu disse, deixei aqui escrito. E nada mais.
Abraços e Por uma ecologia de saberes qe nos ajude a compreender e a mudar o nosso país.
Egídio Vaz
O filósofo Langa, se comporta mesmo como Político. "estamos a debater", "estamos a trabalhar no assunto", "não há pressa", "vão sofrendo", "não há perspectiva de quando vamos resolver os vossos projectos",...
Mas Langa, com que base dizes que queremos mudar, sem sabermos o que mudar? A sua "dúvida metódica" não tem razão de ser!
Se o filósofo Langa, fosse discursar no bairro da T3 e fosse apresentar o tipo de intervenções características deste blog, juro (em memória dos que foram fuzilados pelo Paiol) que sairia de lá totalmente linchado!
Já é chegado o tempo de aceitar a luta que PL trava contra o Prof. Catedrático Serra. Interessante! Na verdade, os comentários do Egídio Vaz mostram que ele já eaceitou e já está a encabeçar o campo do Prof. Serra.
PL, estás em luta contra o Professor Catedrático Carlos Serra?
Obed L. Khan
O Obed ainda não comentou. É este tipo de 'debate'que se faz aqui. Não se tomam posições. Apenas 'questiona-se'. Uma forma fácil de 'debater. Eu prefiro tomar posições, sejam elas políticas ou científicas. E você Obed, que me diz?
Eu prefiro tomar posições e defende-las. Se estiver errado, aceito, como pude provar em mil e umas postangens e comentarios que fiz desde 2005, altura que comecei a blogar.
Eu prefiro defender as minhas testes. E quando questiono, sdou palpites. Sou adepto de uma crítica que se acompanha de uma proposta superadora. Não critico por criticar.
Ufh! Não é que isto está mesmo a ferver! É com muita pena que estamos a desviar-nos do mérito da questão, ou eu é que estou equivocado, e estes ataques correspondem às questões prévias, cuja solução torna-se imprescindível para o início do debate. Brincadeiras, queria apenas emprestar algum sentido do humor a este ambiente.
Voltando ao cerne da questão, queria resgatar o tema ligado ao papel do académico na sociedade:
(i) Intervenção directa (“protesto”, “combate a pobreza absoluta”, “acção”, “defesa dos deserdados”, etc) ou;
(ii) indirecta (avaliar a plausibilidade e possibildades sobre as quais se edificam as premissas dos defensores dos deserdados). Ou melhor ainda;
a) deve o académico resolver problemas sociais ? ou;
b) deve ocupar-se dos problemas sociológicos (que resultam da dupla hermenêutica, como bem disse o Patrício)? Imaginem se todos nos engajarmos em protestos, denúncia e desabafos, aí é que não saíremos mesmo da “pobreza absoluta”, “não ajudaremos os deserdados”, etc.
As duas alas são fundamentais e complementares. Alguns têm que fazer protestos, agir, para que os outros (intelectuais) reinterpretem tais acções e as transformem em objecto de estudo.
Um meu professor perguntava, quem é o académico? Depois de escutar várias respostas, concluia ele, o académico é mais um que sabe menos. É por isso, que o académico não deve andar por aí, arrogando-se de resolver problemas. Ele deve assumir uma posição humilde, mais honesto, idóneo e íntegro, porque a realidade é tão complexa e todas nossas acções no sentido de apreendê-la, resumem-se em tentativas ou soluções temporárias, isto é, quando bem sucedidos. É por isso que o papel do académico, é ocupar-se dos problemas sociológicos, cujas conclusões podem ou não contribuir para melhor interpretação ou “solução” dos problemas sociais. É papel do académico, recorrerendo ao método e contornando as armadilhas de raciocínio, fornecer dados que melhorem o focus da intervenção dos defensores dos deserdados.
Josué Muchanga
Porquê não difícil identificar pela cor política aos que chamam outros de políticos? O ataque brutal feito ao Michel Cahen pelo Elísio Macamo, por exemplo, retirou o alto respeito a este último. Desculpem-me!
Egídio, se for a ver os vários comentários que fiz aqui e em outros blogs há-de perceber que eu também tomo posição.
Questionar é, também uma forma de tomar posição. Neste caso a posição pode ser a de que não se tem, ainda, resposta.
Mas indo directo ao assunto: pode o académico enveredar pela acção directa? Pode se ocupar de política? Claro que sim. Deve, no entanto, ficar claro quando é que o enunciado de um académico é uma mera opinião política e quando é uma reflexão académica.
A acção política pressupõe, pelo menos de imediato, certezas e auséncia de dúvida. O tom normativo e cheio de auto-suficiência que os políticos arvoram demonstra, muitas vezes, que eles já responderam todas as perguntas e, por consequência, têm a solução final.
Quando o académico tiver algumas respostas pode optar por ir à acção. Só que, neste caso, já não é o académico a agir, mas sim o ente político.
A história regista casos de "verdades absolutas" sugeridas por académicos que degeneraram em tragédia. Por detrás de algumas monstruosidades do Nazismo haviam "verdades absolutas". O mesmo em relação a algumas das piores purgas do stalinismo e da revolução cultural chinesa.
É por isso que desconfio, sempre, dos académicos que, abusando dos seus pergaminhos, aparecem a caucionar soluções finais.
Obed L. Khan
Caro Egídio.
Os debates aqui te referes estão bem aqui no blog, registados. Ninguém te maltratou. Eu apenas apontei as tuas incongruências. Não posso concordar só por concordar contigo para te agradar. Atribuías-me ideias que eu não defendi. Distorcias as minhas ideias.
Foi a isso que eu reagi esclarecendo o que disse e questionando-te. Não sabia que isso é denegrir a tua imagem. De que jeito? Essa guerra, que dizes eu ter declarado, ao professor (Catedrático) Carlos Serra, pelo PODER só tu a consegues ver. Que PODER? Agora entendo porque te oferecias para ser mediador. Eu recusei porque não via nenhum conflito que precisasse ser mediado pelo Egídio. Vejo que dás muito valor aos títulos académicos, mas não são as credenciais que fazem ninguém pensar.
caro egídio, acho a tua maneira de discutir bastante problemática. tu escreveste que há várias maneiras de fazer ciência; eu discordei. não vejo maldade na discordância, nem nenhuma tentativa de manchar a tua dignidade. foste ao meu blogue escrever que sempre recusei responder às tuas interpelações; pedi-te para me dares exemplos, mas não me deste nenhum. fizeste referência a uma discussão que tivemos no teu blogue e quiseste passar a mensagem de que tentei confundir-te quando pelo teu próprio punho reconheceste que a discussão te havia ajudado a reformulares as tuas ideias. nunca representei mal as ideias de ninguém ao contrário do teu ídolo que o faz constantemente. nunca ridicularizei nenhuma ideia sem a apresentar como deve ser ao contrário do teu ídolo que faz isso constantemente. no meu blogue não vais apanhar nenhum argumento sem fundamento (sem fundamento não significa que esteja correcto). a propósito (para o anónimo), mesmo o texto sobre michel cahen está todo ele fundamentado; achei estranho que ele não tivesse reagido como seria de esperar de um académico; estou habituado a este tipo de crítica. foi o mesmo quando escrevi uma recensão crítica ao livro de nkomo, também fui acusado de estar ao serviço da frelimo. que fazer? se escrevesse apenas para ganhar o respeito de todos não escrevia nada.
já agora, o meu problema (e penso que do patrício também) não é de que ninguém deve fazer nada até sabermos. o que eu pelo menos tenho criticado, sobretudo em carlos serra, é a promoção da mediocridade em nome da acção. de um académico da sua estatura espero muito mais e como moçambicano também interessado na sorte do país tenho também a obrigação de esperar isso. nesta questão da qualidade da nossa postura crítica não é a maioria do povo moçambicano que me interessa; são os jovens como o egídio ou custódio duma que pensam que alguém que diz que são excelentes por críticas mal formuladas lhes quer bem. duvido bastante. cada qual pode fazer o que entender, mas se for público pode ter a certeza de que vai ser interpelado. eu acho que a postura que vocês têm em relação à interpelação crítica faz mal ao país. bom ano de 2008!
Caro JJM
Obrigado pelo teu comentário.
A tua intervenção ajuda a esclarecer o que tenho estado a defender aqui.
Um abraço.
Xibeulane.
Obrigado pelo alerta. Vou ter mais cuidado sempre que for as bandas de T3.
Caro E.M
É isso mesmo, promove-se mediocridade e sanciona-se –lhe com títulos académicos.
Ao ler alguns textos deste blog veio-me a memoria, o caso de alguns colunistas ou bloguistas que "apos trabalharem arduamente" foram promovidos com alguns cargos governamentais! So' nao sei porque....
"eu pelo menos tenho criticado, sobretudo em carlos serra, é a promoção da mediocridade em nome da acção." Existe algum professor no mundo que promova a mediocridade? é grave isto, nao? seria bom, para clarificar o debate, que o Prof Macamo nos dissesse o que entende por "mediocridade em nome da acçao"?
"...custódio duma que pensam que alguém que diz que são excelentes por críticas mal formuladas lhes quer bem" olhando para este exemplo posso perguntar o que é de facto "querer bem"? " querer bem a quem, a si proprio Prof? Alguem esta de facto a querer bem a esses jovens? pegando por exemplo no caso duma: porque criticar custodio duma e nao o sistema que o formou? Antes de se atacar a duma deveria-se ter atacado a escola onde duma foi formado (nao lhe conferiu espirito critico, a julgar pelo que diz o Prof),o jornal onde foram publicados os artigos de duma, a instituiçao onde duma trabalha (que lhe confere, até, capital simbolico). Resumindo, o problema nao esta em duma, mas no sistema que o produziu. O que fazer? Nao quero fazer papel de advogado do diabo, mas receio que duma esteja a ser instrumentalizado por ambos os lados! duma, para além de todo o seu esforço, coragem e iniciativa, nao mais é do que um “joguete” - porta estandarte da mediocridade - no meio da batalha em torno do método em sociologia. debatam entre vocês - os gigantes - exponham com clareza e honestidade os vossos pontos de vista, ensinem-nos, para que nós possamos aprender e ter a capacidade de julgar, arbritar e posicionar-mo-nos em relaçao às vossas ideias. É so isso. digam-nos, por favor, o que é o método? porque é que o metodo é importante? o método utilizado para debater ideias na esfera publica deve ser o mesmo que o utilizado na academia?
Caro Jonathan.
Se os responsáveis por nomear pessoas para cargos governamentais acharem que encontram aqui – na blogosfera – pessoas “certas” para os cargos que pretendem encarregá-los qual é o problema? Os nomeados vem de algum lugar. Qual é o problema que esse lugar seja a blogosfera? Aqui, pelo menos, essas pessoas expõem o seu modo de pensar. Para sua informação devo lhe dizer, que há também pessoas que recusaram cargos governamentais e nem por isso são mais honestos que outros. Aceitar ou não depende da consciência de cada indivíduo. Se já sabe qual é o truque par ser nomeado, então, siga a receita se essa for a sua ambição. Podia dizer que há pessoas que saíram do blog para ONG’s. Que mal há nisso? Ainda bem que reconhece que essas pessoas foram nomeadas “após trabalharem arduamente”. Pior teria sido o contrário, não acha. Basta de tanta conspiração insinuante.
Caro Patricio! Tu acusas alguns individuos de se aproveitarem do seu estatuto academico para fazerem politica. Mas tu e outros compadres (EL, JM, etc) tambem fazem politica! A unica diferenca e' que voces defendem partes opostas! Enquanto os que vcs acusam, defendem de forma desinteressada o povo mocambicano oprimido,e sem esperar obviamente, qualquer dividendo, tu e teus comparsas (so' de olhar para o teu ultimo comentario e pela maneira como te referes aos escravos da antiga Grecia)revelam de que lado estao, que tem uma agenda (ja nao mais oculta), e que sob capa da academia e da vossa intelectualidade,estao aqui para garantir com todas as letras que em Mocambique nao ha quaisquer problemas, e se os ha', eles carecem de um estudo aprofundado e e' necessario encontrar os respectivos metodos de analise!Hehe! Qualquer que seja o grau academico de um individuo, ele de nada valera' se nao estiver a altura de resolver os problemas, apontar os problemas, da sociedade em que ele se insere! Mocambique ja' esta cansado de (pseudo)-intelectuais bajuladores, puxa-sacos e passivos que "trabalham arduamente" (parece que nao percebeste a minha ironia) a espera de uma oportunidade para serem vistos pelos que defendem aguerridamente e poderem ser promovidos! Podes ter a certeza que, pese embora os teus intentos, estas a perder uma oportunidade historia de afirmar a tua intelectualidade! Porque no dia em que o "regime" mudar (pode ate ser em 2009), nos estaremos aqui para observar como vai variar a tua "linha editorial"! Um abraco fraterno e votos de 2008 repleto de sucesso!
caro anónimo, peço-lhe, se tiver tempo, que visite o meu blogue e leia alguns dos meus textos críticos e também sobre aspectos da sociologia. são muitos. textos que criticam governantes, políticas, aspectos do nosso quotidiano, mas também textos que reflectem sobre aspectos metodológicos na tradução da teoria em acção. se lhe faltar tempo, leia a minha última postagem sobre "a corrupção em moçambique". espero que perceba a partir dessa leitura o que entendo por método. se achar que não percebe, então, vamos deixar as coisas por aí. por mim até pode culpar o sistema por isso. peço-lhe, também, que leia o meu texto sobre a denúncia, desabafo e crítica social; vai reparar que de facto não é sobre custódio duma que estou escrever, mas sim sobre um colega (carlos serra) que ao invés de usar os seus conhecimentos e experiência (como é que ele escapou à mediocridade do sistema?) para ajudar o jovem a produzir uma crítica mais fundamentada (e isso é possível porque muita coisa está mal no país!) deixa-o na convicção de que está a servir o país bem ao invés de lhe dizer que um texto que usa vários conceitos de "verdade" num mesmo sentido e defende uma tese tão ridícula como a que diz que o governo quer que o povo fique ignorante não está pronto para publicação. e quando apesar disso o texto é publicado e alguém critica as suas limitações a resposta não pode ser de que há maldade nos críticos ou que querem ser notados pelo poder, mas sim rever os argumentos. quando nada disso acontece, então estamos perante o que chamo de promoção da mediocridade. o nosso país não se pode permitir isso. o anónimo pode não estar de acordo com isto, é seu direito. só que isso não me vai impedir de criticar este tipo de atitudes e esse tipo de textos.
Caro Jonathan.
Claro que percebi a sua ironia. Por isso fiz ironia da sua ironia e aí parece que o Jonathan é que não percebeu. É que eu acho uma pena pessoas pensarem que quando se defende algo que pode estar de uma ou de outra maneira conotado como estando a favor do governo é por que se está a bajular, puxar o saco, como diz o Jonathan. Esse é um argumento cansado de velho e fraco. Se alguém do Governo ou sei-lá de onde acha que as ideias que defendo são a seu favor engana-se redondamente. Sabe, criticar ao governo só por criticar num contexto como o nosso onde as acusações de feitiçaria (argumentos sem fundamento) são apreciadas até dá mais mola do que estar a favor do Governo. Num país onde a oposição é o que é as ONGs e os doadores é que lhe fazem a vez. Essas muitas vezes não têm tempo para avaliar criticamente argumentos. Querem pessoas que criticam ao governo a todo custo porque isso justifica a sua existência. Justifica a mola que gastam para disciplinar os governantes (boa-governação, combate a corrupção etc) tudo isso em nome dos deserdados. Se eu quisesse benesses seria um pouco mais astuto e criticaria o governo por tudo e por nada e me tornava assim filho querido dos doadores e dessas ONG’s. Aí sim ia chover verdinhas. Tudo isto é para lhe fazer ver como esse argumento de que quem não concorda com criticas mal fundamentadas ao Governo é porque está a espera de ser premiado com cargos. As minhas qualificações me permitem ter empregos que me oferecem muito mais do que ganharia estando no Governo em Moçambique. Não queria chegar a este nível, mas o Jonathan me obriga. Ainda assim continuo a não ver nenhum problema em se buscar pessoas que se considerem “certas”para cargos específicos onde quer que seja. Os cargos políticos, no governo, são
isso mesmo cargos políticos. Fico feliz porque manifesta-se preocupado com a necessidade de termos intelectuais no nosso país. Devo dizer, no entanto, que a ameaça aos intelectuais não vem do facto de estes poderem ser aliciados pelo poder. A ameaça vem do tipo de intelectuais que o Jonathan parece querer defender que estão dispostos a passar por cima da razão e justificar isso em nome do povo e dos deserdados. Esses são um perigo.
Caro Patricio!
Um dos grandes problemas que graca a nossa sociedade e' a EXCLUSAO! A ideia de que um individuo que teca uma critica, exponha algum problema, questione algum procedimento, e' da oposicao ou esta a vender-se as organizacoes estrangeiras!Conforme disse um politico recentemente, "nao estao interessados pela causa nacional"!E' com tristeza que eu vejo estampado aqui, num meio supostamente academico, a mesma arrogancia e "mediocridade analitica". Expressoes do tipo "eu acho que a postura que vocês têm em relação à interpelação crítica faz mal ao país" ou "..intelectuais que estão dispostos a passar por cima da razão e justificar isso em nome do povo e dos deserdados. Esses são um perigo", vem procurar perpetuar essa exclusao e mostrar que, ha uns bons e outros maus, uns detem a verdade e a razao e outros nao, uns estao interessados pela causa nacional e outros sao sabotadores! E isso lamentavelmente e' defendido por academicos! Caro Patricio! Eu sou um mocambicano que ama o seu pais! Conforme tenho feito, me esforcarei ate aos meus ultimos dias em ver o meu pais florescer como os varios cantos do mundo por onde tenho passado, porque nos temos potencial para tal! No's nao somos um pais pobre! Definitivamente, nao partilho essa visao! E nao o faco com comentarios em blogues, mas provendo este pais do norte ao sul com infrastruturas! E a minha postura, independentemente do "regime do dia" sera critica ao que eu considerar que nao esta correcto! Essa critica, nao deve ser observada como um elemento "destrutivo" (como se pretende considerar nos meios politicos e agora tb no academico), mas como uma oportunidade dos visados reverem os seus planos e abordagens iniciais! Todos nos estamos a remar o barco para o mesmo lado, mas esta a faltar essa observacao a muita gente! E nao devemos fugir ao debate! Nao devemos evitar de apontar o que nao consideramos correcto! Nao devemos afligir a ninguem, de que "isso e perigoso"!A consciencia civil deste povo (que sempre existiu),esta a crescer e a manifestar-se a uma velocidade estonteante! E isso ninguem pode parar! "Ninguem para o vento"! Isso nao deve preocupar a quem quer que seja!Por essa razao, os tais academicos "promotores da mediocridade" encontram eco no silencio desta bloguesfera! Existe uma sintonia de raciocinio e avaliacao factual! O povo mocambicano, jamais sera como uma bancada em que, tres ou quatro individuos pensam e os restantes so estao ai "para levantar o braco"! Por isso, na fraternidade da nossa irmandade mocambicana, vamos todos construir este nosso Mocambique sem quaisquer preconceitos e sem temer quaisquer "cheiros ou sabores", porque no fundo, eles melhoram a nossa percepcao! Este e' um processo de aprendizagem para todos e a "malta esclarecida" deve, no seu dia-a-dia se esforcar em ser o mais "INCLUSIVO" possivel e melhorar este Mocambique "PARA TODOS" e nao para uma minoria!
Um abraco sincero de um irmao que ama o seu pais!
Caro Jonathan.
Sinto que existe algo de reconciliatório na sua intenção ao escrever este texto. Por isso vou passar por cima das incongruências de alguns de seus pontos, em comentários anteriores, que me levaram a colocar as coisas do modo que fiz em relação as ONGs. O que eu queria mostrar é que para se ser puxa-saco, entre outras coisas de que nos acusou, não tem que ser necessariamente por cargos governamentais. A minha intenção não era minimizar o trabalho das ONGs, nem duvidar das boas intenções dos defensores dos deserdados que criticam o governo. O que estou a tentar sugerir é que os mesmos critérios sejam usados para todos. Não se é honesto apenas quando se critica o governo e puxa-saco etc quando se critica a quem critica, e mal fundamentado, o governo. Dois pesos e duas medidas! Vou também passar por cima das distorções ao retirar frases do seu contexto de significação e dar-lhes a sua interpretação tendenciosa. O Elísio Macamo foi claro e esgrimiu argumentos convincentes sobre o que considera de promoção de mediocridade. Leia o seu último comentário aqui mesmo e confirmará isso. Não precisamos de eufemismos para chamar de medíocre o que é medíocre e não há nada de arrogante nisso. Existe, isso sim, uma postura de frontalidade e integridade, na defesa de argumentos. Não tem como não chamar medíocre o é que é medíocre. E isso não passa da classificação de um tipo de atitude que existe e é promovida na nossa esfera pública. O mesmo diria em relação a frase “ intelectuais que estão dispostos a passar por cima da razão”. Uma das regras do debate consiste em não distorcer o sentido dos argumentos dos interlocutores retirando-lhes o contexto de enunciação. São essas incongruências que minam o debate. O Jonathan faz isso neste comentário, não obstante a sua “boa” intenção inclusiva. A sua intenção inclusiva é ambígua, uma faca de dois gumes, porque ao mesmo tempo que nos crítica de forma desonesta distorcendo nossos argumentos faz apelo a inclusão em nome fraternidade e irmandade Moçambicana. Vou dar benefício a duvida e dar mais crédito ao seu lado reconciliatório ignorando as críticas problemáticas que enceta.
Um abraço inclusivo.
Caro Patricio!
O meu anterior comentario referiu-se ao tema EXCLUSAO e nao vejo qualquer incongruencia ou descontextualicao na utilizacao dos teus argumentos. As expressoes entre aspas, sao "isso mesmo" a que elas se referem! Nao sou perfeito (existe alguem por ai??), mas nao tenho dificuldades em perceber! Julgo que os navegadores deste mar infindo que e' a blogosfera, nao estao aqui a procura de uma "ideia" para se orientarem! Cada um tem a sua (eventualmente bem amadurecida) e e' nesse ambiente fraterno e aberto, que as devemos discutir! Quem julga que detem a verdade ou a sentenca final, se engana redondamente! Eu nao fiz o ultimo post com o intuito de "reconciliacao" ou "ceder concessoes" porque, em momento algum considerei que, neste debate, estavamos em "situacao beligerante"! Fi-lo com honestidade e sinceridade expressando apenas a minha natureza de ser e procurando realcar, o habito que existe entre nos de rotularmos de "inimigo", quem opina de maneira contraria a nossa! Como que a corroborar a minha afirmacao, vejo a tua ainda "tremenda desconfianca" em relacao as minhas intencoes! Mas e' isso jovem, tenha uma optima semana e ate mais um dia!
Caro Jonathan.
Perdoe-me se o interpretei mal. Dizes bem no teu último post, não há beligerantes aqui.
Devo confessar-lhe que os últimos dias do blog despertaram um certo instinto defensivo, pelo menos, em mim. O Agry, gentilmente, já havia notado isso e chamou-me atenção. Agradeço-vos por isso. Vou, mesmo, baixar a guarda.
Prossigamos com o debate ameno.
Um forte abraço e bom Domingo.
Quando me refiro a "INCLUSAO", estou a falar exactamente desse debate fraterno sem precisar de "rotulos"! Porque eu considero que no's nao estamos aqui a discutir "PARTIDOS", estamos a discutir "MOCAMBIQUE"! E podes ter a certeza que, quando chegar esse dia, em que todos se sentirem "incluidos" nesse debate, o povo certamente tera "comida no prato", estaremos a falar do bem comum e nao dos interesses de uma minoria!
Caro Jonathan.
Na verdade este espaço pretende ser isso mesmo, um lugar fraterno onde todos nós, independentemente, dos credos, e pensamento diferente, debatemos Moçambique. O debate de ideias é a nossa tábua de salvação para um Moçambique melhor. Eu acredito na capacidade e potencial do debate de ideias para construirmos um país mais inclusivo. Nesse sentido concordo consigo. Mais uma vez perdoe-me, por não o haver percebido a primeira.
Abraço.
Caro Patricio!
Fiz o ultimo comentario, sem ter ainda visto o teu post! Eu acho que esta e' uma grande conquista nao so para o debate, mas tambem, para MOCAMBIQUE! E todos devemos fazer esse esforco diario (algumas vezes, nada facil) de transpor essa barreira de dialogo, para melhor construirmos MOCAMBIQUE! Eu tou esperanca que, nos jovens iremos conseguir faze-lo e todos nos sairemos a ganhar! Outro abraco!
Caro Elísio Macamo
Continuo a dizer que o tipo de ataque que fizeste ao Michel Cahen no ideias para debate retirou-me o respeito que te dava. Tu não reagiste o que o JPT te colocou. E já me parece que pensas que quantidade de palavras é igual a argumento. Eu disse que foi um ataque brutal e podia ter aplicado uma palavra mais pesada. Por outro lado, foste ainda tu a escrever que Guebuza não devia dar ´chance de diálogo a Dhlakama como se tu não fosses mocambicano que sentiu na carne e osso as consequências da guerra. Também expressaste-te frelimista no estudo da USAID quanto a situacão política de Moc. Tu pensas que somos tão parvos que não sabemos que estás a fazer política. Quando não a fazes, aí numa sala de aulas ninguém diz o que. O que fazeis (Ttu e Patrício) é também, aliás só é mais uma vergonha. Sou professor num país europeu e sei que quando somos professores não fazemos isto aqui de política. Por outro lado, estão aí muitos professores mocambicanos que não ousam fazer o que fazemos, por razões que sabemos. Repetindo, aqui fazemos política: tu, Patrício, eu e outros. Nada de nos enganarmo-nos. Academia, ensino de método de investigacão, teses fazemos noutro lado, lá na faculdade.
Vamos embora à política!
caro patricio! nao pude entrar de novo no teu blog, para falar dos equivocos, da minha falta de atencao para detalhes, e atribuicao de coisas que nao dizes. imensas desculpa nao ter retribuido, acho que nao vale apena neste momento voltar ao debate, porque estou ultrapassado vou manter o silencio. um abraco
Texto critico?! é possivel...
“ Existe algum professor no mundo que promova a mediocridade?”
Caro doutor elisio salavado macamo, o seu egocentrismo extrapola os limites do toleravel, da boa educaçoa , do respeito para com os seus pares, respeito para com os cabelos brancos!!!! qual é o exemplo que o doutor elisio salvado macamo pretende dar aos seus alunos?!!! O doutor esta preocupado com os seus alunos ou apenas com o seu umbigo?O doutor não responde às perguntas que lhe são colocadas no seu blog!!! Tende a tratar de estupidos seus comentadores, para nao falar no seu caracter misoginio. num país como o nosso, a forma como ridicularizou a acçao das mulheres na sua carta aberta, no post sobre Mugabe no seu blog, dialoga longamente com um homem ignorando o comentario da unica mulher que aí interviu!!! no mesmo post apenas aceitou o comentario de chapa 100, quando este se disponibilisou a reescrever o comentario na senda do seu pensamento – “fabrica do pensamento unico” ? sera? devo estar equivocado. A penultima questão, caro confrade, envia-nos para uma questão que lhe é muito querida (ideias para debate ja tinha abordado esta questao) – o silêncio – que o doutor atribui a Carlos Serra – mas que afinal usa e abusa ... não respondeu às questoes que lhe foram colocadas a proposito do silencio?! não é preciso o doutor bate-se contra o governo eheheheh. Bate-se contra o governo estando no governo? Como sempre esteve? Onde trabalhava enquanto esteve em Londres? para além do ensino na alemanha, onde trabalha doutor? Somos todos parvos, nao é verdade doutor elisio salvado macamo eheheheh o doutor não se bate contra o governo o doutor ajuda o seu governo a governar, passo a redundância, da mesma forma que o doutor não ajuda os comentadores do seu blog, formatando-lhes o pensamento, e/ou quando as questoes são muito pertinentes ignora-as.lá está assim como assim vamos ter ao silêncio. A forma como se atacou a EGIDIO VAZ, o que tem de pedagogico? a forma como se atacou a DUMA, o que tem de pedagogico? é a maneira que encontrou de incentivar o espirito critico destes jovens? quais as consequencias psicologicas que uma abordagem como esta pode ter sobre o individuo? quais os efeitos perversos da seu bem amado método? Foi com miminhos como este que o doutor passou de tradutor a sociologo? Ou foi porque alguem acreditou em si e incentivou-o? Porque tenta silenciar, todos aqueles que tentam, como o doutor, mudar de vida?!
“mas sim sobre um colega (carlos serra) que ao invés de usar os seus conhecimentos e experiência (como é que ele escapou à mediocridade do sistema?)” Tanto quanto julgo saber o Doutor Carlos Serra tem 60 anos, situemos O Professor Catedartico Carlos Serra, nos contextos historicos que permitem identificar os periodos de organizaçao socialdo nosso país: atravessou pelo menos duas épocas: a época colonial, a época pos colonial e nesta ultima dois periodos: o período que vai da independência ao fim do partido unico e o periodo do multipartidárismo a nossos dias. Talvez esteja explicado como é quez o decano da sociologia escapou à mediocridade do sistema.
“deixa-o na convicção de que está a servir o bem ao invés de lhe dizer que um texto que usa vários conceitos de "verdade" num mesmo sentido e defende uma tese tão ridícula como a que diz que o governo quer que o povo fique ignorante não está pronto para publicação.” o decano da sociologia moçambicana – Professor Catedartico Carlos Serra quer mal ao país? Eheheheh O doutor elisio salvado macamo, ama o país, foi indigitado pelas dinvindades do nosso país para salva-lo, salva-lo desinteressadamente, nao quer nada apenas amor, apenas dá ao país, não recebe nada em troca, caro confrere pode fazer todo esse show nas academias europeias? faz-se isso? dirige-se caro confrere ao seu superior là na Alemanha, da mesma maneira que se dirige ao decano das ciências sociais moçambicanas – Professor catedartico carlos Serra – e a toda a academia moçambicana. Os textos que o Doutor publica em Moçambique, no Brasil em Angola em Lisboa, coimbra enfim no espaço lusofono, nao servem para a promoção da sua carreira là na Alemanha? Sim se esta tao bem la, tudo corre as mil maravilhas para que escreve em portugues, porque se vira para o espaço lusofono, para que interessar-se tanto por Moçambique, porque os espiritos enviaram-lhe a terra para salvar Moçambique... oh jovem pare um pouco e pense, a ambiçao com moderaçao é benéfica, caso contario um momento de introspecçao e reflexão, nao lhe faria mal. Corre o risco de perder mesmo o respeito dos seus alunos. Sentem-se numa sala e discutam, como homens e pare com essas fitas dos “amigos na net”, o doutor aqui nao é amigo de ninguém, apenas esta a promover a sua pessoa, os seus amigos de verdade, seguramente não os expõem. protege-os. Entao proteja moçambique como se fosse seu amigo, como se fosse sua esposa como se fosse suas filhas, caro confrere. Termine-se com esta hipocrisia. é esse o nosso problema, nao somos capazes de pensar colectivo. Pessamos a perdao a Deus e aos epiritos que reconcilie a familia moçambicana.
caros compatriotas, nao acho que voces vao chegar a lugar nenhum, porque o objectivo aqui é outro. o chapa100 escreveu aqui muito bem, e a resposta foi reduzir a sua ideia a equivocos e silogismos, acho precisam dd ler melhor o que este jovem escreve no seu blog, sem recursos a canhudos e insultos ele vai blogando coisas que obrigam-nos a reflectir.
um abraco e paz a todos
estevao
que horror!
irmãos leiam chapa 100 e reflitamos. Paz.
caros bloguistas, confesso que estou a acompanhar com entusiasmo este debate. Não vou tomar partido, vou apenas parabenizar (primeiríssimamente) o Azagaia e mais meritoriamente o Patrício Langa, pelas razões que a seguir evoco.
À parte ironias, insultos (às vezes saudáveis), pretensiosimos, "misinterpretations" (desculpem-me o anglicismo, mas não encontro melhor tradução - equívocos parece-me não dizer tudo), isto está bom...acho que estamos a libertar o animal (político ou sociológico?) que habita em cada um de nós, porquanto de "Sãos e Loucos" todos temos um pouco. E isto faz-me ter saudades de intelectuais que a muitos de nós influenciam quais Jean Paul Sartre e Albert Camus - que, como dizem os brasileiros, não se furtavam em "comprar briga" por uma causa a qual devotavam profissão de fé, mesmo que desvirtuando a ciência, é disto afinal que se faz a matéria humana, é disto que regredindo um pouco...progredimos depois.
Espero, porém, que no final não seja "O Triunfo dos Porcos", não transformemos a esfera pública que estamos a construir de forma salutar...numa "Animal Farm" (desculpem-me roubar de George Orwell)...da qual alguns tirem dividendos para objectivos ocultos - como uns e outros se vão acusando. Que triunfe a ciência, se ciência alguma há a extrair disto. E que no final do combate (se houver) não tenhamos que recorrer a velhos ditos quais "dos fracos não reza a história".
No meu positivismo, parabéns Patrício Langa!
da postagem anterior, assinado Milton Machel - porque (embora respeite) sou alérgico ao anonimato
Caro Milton Machel.
Obrigado pelo comentário que aqui deixas.
É um comentário que dispensa comentários de tão eloquente.
Só nos deixa com mais saudades do teu “Estado da Midia”! O que aconteceu?
Um forte abraço.
caro Patrício, obrigado pela "alfinetada" - lá estou eu a recorrer de novo aos brasileiros, santo remédio!. Pretendo fazer do Estado da Media um observatório da media nacional, e como andei consumido por agendas outras vi-me sem tempo para dedicar à observação da sua evolução (ou involução - porque na verdade é isso que tem caracterizado os media no País, infelizmente. Mas, como dizem os outros em 2008 "i will back for good". Aguarde-me. abraço e continue a promover liças destas, que é delas que nos conhecemos melhor - porque é olhando para o outro que ficamos a saber quem somos, parecemos ou nos fazemos passar por.
abraço
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