Jaime Langa solicitou-me para que colocasse a sua resposta as questões levantadas pelo Chapa 100, em forma de comentário, a propósito da Integração Regional. Por que achei o texto longo resolvi colocar em postagem principal.
Quero antes de mais agradecer o seu gesto em comentar este artigo. Só com este tipo de atitudes é que podemos enriquecer o debate e melhor orientarmos a nossa visão em relação à estratégia a seguir para integrar Moçambique na economia regional, particularmente com a economia sul-africana.
O processo de integração regional é relevante para todos os sectores activos da sociedade, não somente para a área económica como parece. O que induz a percepção de que se está depositar maior atenção à área económica talvez seja o próprio conceito clássico da economia. Os economistas clássicos como, Adam Smith, David Ricardo ou John Stuart Mill definiram a economia como sendo um ramo de conhecimento, isto é, uma ciência, que lida com o comportamento humano enquanto condicionado pela escassez de recursos, definem ainda como sendo o estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços. Segundo os economistas austríacos, especialmente Mises, a economia seria a ciência da acção humana propositada para a obtenção de certos fins em um mundo condicionado pela escassez. Portanto, sendo um dos objectivos fundamentais da integração “Alcançar o desenvolvimento económico, aliviar a pobreza e melhorar o nível de vida dos seus povos e apoiar os mais desfavorecidos, através da integração regional” é quase impossível atingir-se este objectivo sem ser por via do debate em torno da política económica da região. Mas também outro objectivo fundamental da integração é “Reforçar e consolidar os velhos laços, históricos, sociais e culturais entre os povos da região".
As questões que me apresenta, caro chapa 100, são fundamentais; aliás, no meu texto, em jeito de reflexão, questiono assim: “Será que os empresários Moçambicanos estarão atentos as consequências que esta medida pode trazer para os seus negócios? Será que o governo Moçambicano através do Ministério do comércio está a realizar com eficácia o que lhe compete no seu real papel de desenhador estratégico das politicas de desenvolvimento do pais? Estarão a ser feitos a nível das associações empresariais, debates sobre as melhores estratégias a assumir perante uma realidade destas?” A minha reflexão em torno destas questões dá-me a entender que o nível de debate nas organizações económicas e sociais ainda é muito pobre. A estas questões a cima a resposta seria NÃO. É muito mau. Porém, o que lhe posso dizer como gestor de profissão é que não deve ter medo, ou melhor, deve ter menos medo. Certamente que para o “Povo” Moçambicano há mais vantagens que desvantagens. Por exemplo: Se hoje, o nível de renda de um enfermeiro Sul Africano é talvez 4 vezes mais do que de um Moçambicano, com a integração a tendência será de equilíbrio. Isto é, o moçambicano passará para um escalão superior no seu nível de vida, enquanto que o sul africano provavelmente descerá (através de novos ingressos) ou manterá até equilibrar com o moçambicano, pois estes estarão a partilhar o mesmo ambiente de trabalho sob mesma legislação. Agora para o Estado a situação é diferente, o país provavelmente se tornará um consumidor da Indústria sul africana, a balança de pagamentos registará mais importações (entradas) que exportações, continuará dependente da divisa proveniente dos mega-projectos (Alumínio, Açúcar, Minas, Algodão, e outros). A expansão da indústria regional para Moçambique de forma a se aproximar ao mercado consumidor, ou à matéria prima pode impulsionar o crescimento económico e consequentemente o desenvolvimento (melhoramento do nível de vida das populações) com a responsabilidade social destas indústrias. O financiamento não se põe em causa, pois os industriais tenderão a ir buscar melhores formas de financiar os projectos a menos custo a partir da origem (do seu país). São várias as vantagens para o Moçambicano, por isso considerei a decisão política de sábia, queira entender-me caro Chapa100.
O processo de integração regional é relevante para todos os sectores activos da sociedade, não somente para a área económica como parece. O que induz a percepção de que se está depositar maior atenção à área económica talvez seja o próprio conceito clássico da economia. Os economistas clássicos como, Adam Smith, David Ricardo ou John Stuart Mill definiram a economia como sendo um ramo de conhecimento, isto é, uma ciência, que lida com o comportamento humano enquanto condicionado pela escassez de recursos, definem ainda como sendo o estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços. Segundo os economistas austríacos, especialmente Mises, a economia seria a ciência da acção humana propositada para a obtenção de certos fins em um mundo condicionado pela escassez. Portanto, sendo um dos objectivos fundamentais da integração “Alcançar o desenvolvimento económico, aliviar a pobreza e melhorar o nível de vida dos seus povos e apoiar os mais desfavorecidos, através da integração regional” é quase impossível atingir-se este objectivo sem ser por via do debate em torno da política económica da região. Mas também outro objectivo fundamental da integração é “Reforçar e consolidar os velhos laços, históricos, sociais e culturais entre os povos da região".
As questões que me apresenta, caro chapa 100, são fundamentais; aliás, no meu texto, em jeito de reflexão, questiono assim: “Será que os empresários Moçambicanos estarão atentos as consequências que esta medida pode trazer para os seus negócios? Será que o governo Moçambicano através do Ministério do comércio está a realizar com eficácia o que lhe compete no seu real papel de desenhador estratégico das politicas de desenvolvimento do pais? Estarão a ser feitos a nível das associações empresariais, debates sobre as melhores estratégias a assumir perante uma realidade destas?” A minha reflexão em torno destas questões dá-me a entender que o nível de debate nas organizações económicas e sociais ainda é muito pobre. A estas questões a cima a resposta seria NÃO. É muito mau. Porém, o que lhe posso dizer como gestor de profissão é que não deve ter medo, ou melhor, deve ter menos medo. Certamente que para o “Povo” Moçambicano há mais vantagens que desvantagens. Por exemplo: Se hoje, o nível de renda de um enfermeiro Sul Africano é talvez 4 vezes mais do que de um Moçambicano, com a integração a tendência será de equilíbrio. Isto é, o moçambicano passará para um escalão superior no seu nível de vida, enquanto que o sul africano provavelmente descerá (através de novos ingressos) ou manterá até equilibrar com o moçambicano, pois estes estarão a partilhar o mesmo ambiente de trabalho sob mesma legislação. Agora para o Estado a situação é diferente, o país provavelmente se tornará um consumidor da Indústria sul africana, a balança de pagamentos registará mais importações (entradas) que exportações, continuará dependente da divisa proveniente dos mega-projectos (Alumínio, Açúcar, Minas, Algodão, e outros). A expansão da indústria regional para Moçambique de forma a se aproximar ao mercado consumidor, ou à matéria prima pode impulsionar o crescimento económico e consequentemente o desenvolvimento (melhoramento do nível de vida das populações) com a responsabilidade social destas indústrias. O financiamento não se põe em causa, pois os industriais tenderão a ir buscar melhores formas de financiar os projectos a menos custo a partir da origem (do seu país). São várias as vantagens para o Moçambicano, por isso considerei a decisão política de sábia, queira entender-me caro Chapa100.
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