Os filmes, para mim, representam não somente um produto da indústria cultural para a diversão, mas um instrumento para aprimorar o domínio da língua inglesa. Com efeito, melhor do que as aulas de inglês foi nos filmes que encontrei o melhor professor para a audição e pronúncia. Mas os filmes através de seus realizadores e produtores são uma maneira de recuperar e descrever a realidade em que vivemos (local e global). É através de filmes que ficamos a saber um pouco do modus vivendi de muitos povos. É escusado dizer que a indústria cinematográfica, americanizada, é dominada pela Hollywood. Não é para falar de cinema que escrevo, nem dos filmes no geral. É para a partir de um filme que assisti em 2005 com o título ELEPHANT reflectir sobre um fenómeno social atípico, mas que começa a ser regular, pelo menos, nos EUA.
O realizador do filme ELEPHANT, GUS VAN SANT, ganhou, no festival de cinema de Cannes, França, o prémio de melhor realizador e o filme foi vencedor da palma de ouro. Nele o realizador retrata uma história, horrível, verídica de um tiroteio numa escola secundária em Portland, no estado de Oregon. Num dia, aparentemente comun, na vida dos estudantes, jovens adolescentes de uma escola secundária foram surpreendidos por dois de seus colegas que empunhando metralhadoras automáticas de alta precisão e poder crivaram de balas assassinas muitos deles. A acção dos dois jovens provocou uma tragédia onde houve vários mortos e feridos.
Ainda hoje se registam, esporadicamente, este tipo de episódios nos EUA e suponho noutros lugares. Sociólogos, psicólogos entre outros profissionais desdobram-se na busca de teorias para explicar esse comportamento desviante, mas ao que tudo indica ainda há muito pano para MANGA. A BBC reporta hoje a morte de trinta pessoas e tantas feridas por um homem armado numa universidade do estado Virgínia, EUA, como atesta a noticia.
Uma, entre várias, perguntas que me colocara foi: será possível estudar um acto “bárbaro” sem o tratar por “bárbaro”, mas simplesmente como objecto de estudo? Uma resposta possível é de que aquelas pessoas que não conseguem olhar para um acto “bárbaro” e “desbarbarizá-lo” na sua análise devem se afastar da sociologia, pois escolheram a profissão errada!
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