“Ainda tenho que conversar com alguns camaradas. Eles acham que são empresários, mas, na verdade, são capitalistas subalternos".
Marcelino dos Santos, o Guru da Frelimo, existe quem diga que é a própria Freli, sempre e sempre igual a si. Coerente nos seus princípios. Fiel na defesa das suas premissas de interpretação da história. Um verdadeiro homem de ideologia. Coerente! Não importa, aqui, que o tempo histórico, actual, o tenha tornado de certo modo ANACRÓNICO! Será, mesmo? Ecoa-me nos ouvidos um comentário de Graça Machel feito num programa televisivo, “Com a Imprensa”, da nossa pública. No programa, Machel respondeu a uma pergunta dos jornalistas sobre um pronunciamento seu por alturas do 9 Congresso na Zambézia. Graça disse e cito de memória: "na altura em fórum próprio, referia-me aos meus camaradas da necessidade de o partido olhar para si e reencontrar-se com seus princípios fundadores, nomeadamente, a IDEIA de ocupar cargos públicos para SERVIR AO POVO". Ai que saudades desse tempo. Tempo em que o povo não era apenas lixo que só serve para votar. No nosso caso, nem para isso parece servir. Pelas contas, os números de eleitores que exercem seu direito de voto indica que este só se restrige ao dos membros. E esses de p-ovo tem pouco, hoje! Hoje povo, que parecia real e sólido, parece ter se “esfumado no ar”! Não é assim que dizia o velhote do O Capital: “Tudo que é sólido se esfuma no ar”?
Há quem ainda se põe a comparar um homem de ideologia com um pretenso e pretensioso pai da democracia. O que é que o pai demo + cracia iria transmitir aos seus interlocutores na academia? A experiência da dolorida dor de parto da demo + cracia? Enfim, estamos em tempo de demo como se diz e ai diz-se também vale a pluralidade de opiniões. A minha está exposta! Esperemos as memórias dos voos ou tiros razantes que esses para nós, estudantes do social, são matéria prima!
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