Desde que um amigo me falara que o nosso é um “país de desculpas” penso sempre antes de oferecer uma para o que não faço. Desculpar-se defende ele pode significar competência social, isto é, saber interpretar as expectativas que as pessoas depositam em nós quando oferecem as desculpas. O que nos leva a aceitar as mesmas. Mas as desculpas são más! São más, principalmente, porque imputam nos outros, e de forma chantagista, a responsabilidade de aceitar o anormal como normal. O normal seria, por exemplo, entregar o trabalho escolar dentro dos prazos estabelecidos pelo docente, mas lá vai ela, a desculpa: - Professor não fiz o trabalho porque a disquete encravou; professor não poderei apresentar o trabalho em sala de aulas porque tive uma “infelicidade”– nem precisa explicar quais, enfim, desculpas e mais desculpas das mais variadas cores. Todas para justificar que não se fez o que se deveria ter feito! O Presidente da república percebeu-se dessa mania e havia iniciado um discurso crítico em relação as desculpas, lembram-se? Até se preconizava que se atingissem 100%! Enfim, este papo todo é uma desculpa! Estou a desculpar-me pela minha falta de assiduidade no blog. Há “muitos”, modéstia a parte, que me interpelam perguntando:- Que tal, não estás a postar? Estou maningue busy, digo eu!Nem preciso dizer com o quê. Estou desculpado? Espero que sim!
Vai mais um anúncio dos habituais seminários do Departamento de Arqueologia Antropologia (DAA) da Faculdade de Letras e Ciências Sociais, da Universidade Eduardo Mondlane!
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Título: Procurar um marido na igreja: Percursos das Mulheres nas Igrejas Pentecostais Brasileiras na cidade de Maputo
Autor: Linda van de Kamp
Data: Sexta-feira, 01 de Junho de 2007
Local: SALA CP 2501
Novo Complexo Pedagógico
Campus Universitário Principal
Hora: 13:00-14:00h
Resumo: Procurar um marido na igreja: Percursos das Mulheres nas Igrejas Pentecostais Brasileiras na cidade de Maputo Paula (37 anos) começou a frequentar a Igreja Universal em 1994 porque na sua família as moças não conseguiam casar por causa dum mau espirito. Marcia (28 anos) ora cada dia a Deus pedindo um homem certo, um homem que saiba cozinhar e fazer limpezas. Os namorados de Ana (21 anos) sempre desaparecem depois dum certo tempo, por isso ela começou a participar na terapia do amor na igreja. Antes disso, sua mãe levou-a ao um curandeiro, mas isto não ajudou nada e ela preferiu ir a igreja. Ao apresentar estes casos durante o seminário gostaria de mostrar percursos em mudança de mulheres jovens na cidade de Maputo que frequentam as igrejas pentecostais transnacionais. Deixo-me inspirar por trabalhos recentes sobre a juventude em África em que são abordadas as lógicas que os jovens usam para reconfigurar as geografias de exclusão e inclusão, maneiras de escapar estruturas restritivas e navegar pelas situações sociais, econômicas e políticas. Pretendo entender como pessoas (jovens) se movimentam e criam ambientes sociais nos quais suas vidas são enquadradas. Os movimentos religiosos podem ser atractivos para os jovens. Por um lado, por que são espaços onde são oferecidos modos de ser e pertencer (modes of being and belonging), mas também por outro lado, porque nestes espaços podem ser construídas novas imaginações da comunidade e do individual. Nas igrejas pentecostais (‘born-again’ churches) as pessoas começam uma nova vida. A pessoa é salva por Jesus Cristo e empoderada pelo Espirito Santo e simultaneamente a pessoa quebra com os laços de parentesco. Nesta transformação é desenhada uma influência divina acrescentada reduzindo o risco de outras pessoas, vivos e mortos, interferirem no progresso da sua vida.
Autor: Linda van de Kamp
Data: Sexta-feira, 01 de Junho de 2007
Local: SALA CP 2501
Novo Complexo Pedagógico
Campus Universitário Principal
Hora: 13:00-14:00h
Resumo: Procurar um marido na igreja: Percursos das Mulheres nas Igrejas Pentecostais Brasileiras na cidade de Maputo Paula (37 anos) começou a frequentar a Igreja Universal em 1994 porque na sua família as moças não conseguiam casar por causa dum mau espirito. Marcia (28 anos) ora cada dia a Deus pedindo um homem certo, um homem que saiba cozinhar e fazer limpezas. Os namorados de Ana (21 anos) sempre desaparecem depois dum certo tempo, por isso ela começou a participar na terapia do amor na igreja. Antes disso, sua mãe levou-a ao um curandeiro, mas isto não ajudou nada e ela preferiu ir a igreja. Ao apresentar estes casos durante o seminário gostaria de mostrar percursos em mudança de mulheres jovens na cidade de Maputo que frequentam as igrejas pentecostais transnacionais. Deixo-me inspirar por trabalhos recentes sobre a juventude em África em que são abordadas as lógicas que os jovens usam para reconfigurar as geografias de exclusão e inclusão, maneiras de escapar estruturas restritivas e navegar pelas situações sociais, econômicas e políticas. Pretendo entender como pessoas (jovens) se movimentam e criam ambientes sociais nos quais suas vidas são enquadradas. Os movimentos religiosos podem ser atractivos para os jovens. Por um lado, por que são espaços onde são oferecidos modos de ser e pertencer (modes of being and belonging), mas também por outro lado, porque nestes espaços podem ser construídas novas imaginações da comunidade e do individual. Nas igrejas pentecostais (‘born-again’ churches) as pessoas começam uma nova vida. A pessoa é salva por Jesus Cristo e empoderada pelo Espirito Santo e simultaneamente a pessoa quebra com os laços de parentesco. Nesta transformação é desenhada uma influência divina acrescentada reduzindo o risco de outras pessoas, vivos e mortos, interferirem no progresso da sua vida.
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