Se as falas do novo reitor da Universidade Pedagógica forem consequentes, então pode-se esperar que a face descaracterizada da UP se recupere. Na semana passada dois semanários publicaram extensas entrevistas com Rogério Utui, o novo reitor da UP. Utui reconhece grande parte dos problemas que caracterizam a UP, hoje, e que a descaracteriza(va)m no que respeita a sua vocação estatutariamente estabelecida de formar professores.
Utui advoga como seu objectivo a curto prazo a “volta à academia”, numa alusão a banalização a que a UP sujeitou os seus estudantes, dos cursos de extensão, ao colocá-los a estudarem em escolas secundárias sem mínimas condições para ensino e aprendizagem naquele nível. Este primeiro trata do regresso ao campus universitário e a vida que esse ambiente deve proporcionar aos estudantes. O segundo objectivo, de médio e longo prazo, será o da “a academia de volta”. Neste Utui advoga o regresso não só da vocação da UP de formar professores, mas também de se dedicar as funções clássicas de uma Universidade de produção de conhecimento através da investigação nas áreas de especialidade. Nas duas entrevistas Utui não só faz o diagnóstico da situação actual da UP identificando os principais problemas, como reconhece o enorme desafio que vai representar superá-los.
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