Podia escrever longamente para responder a sua réplica uma vez que levanta questões importantes. Infelizmente, estou com problemas de tempo. Mas para não perder a oportunidade, vou deixar num parágrafo apenas o que penso sobre a relevância de uma universidade.
A melhor maneira de um economista, sociólogo, psicólogo, engenheiro ou outro cientista qualquer, a melhor maneira de uma universidade, responder às preocupações da sociedade envolvente, é fazendo aquilo para o qual existem como tais. Por exemplo, a universidade pedagógica faz sentido enquanto se preocupar com a formação de professores e com a investigação pedagógica. Esse é o melhor contributo que ela podia dar para esta sociedade e para si própria. O mesmo se diria para o caso da UEM enquanto perseguir os seus desígnios, o ISRI e as demais universidades.
As universidades não são, pelo menos não deviam ser, organizações políticas, mesmo que se orientem por políticas, que se podem dar ao luxo de se guiarem por slogans políticos. Não são os políticos que devem formular os problemas cientificamente relevantes, pelo contrário são os cientistas que podem ajudar a formular o politicamente relevante. A nossa universidade parece estar a viver um processo inverso em que os políticos é que determinam, politicamente, o que é matéria de investigação e pretendem legitimá-la em nome da ciência.
1 comment:
Oi G.M
Fui muito normativo na minha resposta, faltou dizer porque penso o que penso. Por outra, faltou elaborar sobre as implicações de uma universidade que se oriente pela política temporal. Fica para a próxima.
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